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Itapira, 28 de Mar�o de 2024
Artigo
07/01/2012 | Eis 2012, o número da sorte!


 
 
Entramos em mais um ano eleitoral. Como indicaram os antecedentes, entramos em ano de “Guerra Santa”.  Ou, se dermos ouvidos aos protagonistas costumeiros, ano de “Guerra Justa”. Um conceito teorizado por Cícero, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino e Hugo Grotius para estabelecer regras para as guerras moralmente aceitáveis.
 
Para Santo Agostinho (354 - 430) a deliberação para guerrear deve ser amparada na decisão de um líder, pois as razões que levam à guerra devem ser importantes para a autoridade que a ordena.  Mas ressalvou: “não há justificativas que envolvam o desejo de causar dano, a crueldade da vingança, uma mente implacável e insaciável, a selvageria da revolta e o orgulho da dominação". E apesar de ver a guerra como uma trágica necessidade do relacionamento entre os povos, proclamou: "deixe que a necessidade mate o seu inimigo de guerra, não o seu desejo".
 
Depois desse micro passeio filosófico, ao olharmos para a história política que Itapira construiu, não seria exagerada a conclusão de que nem todos os caminhos trilhados, nos últimos quarenta anos, poderão ser içados aos patamares nobres da nossa geração. 
 
É importante salientar, que a história de Itapira não é muito diferente dos demais municípios desse país. Apesar de acharmos que tudo o que é ruim acontece só aqui, lembro que passamos por uma ditadura sangrenta instalada à força em 1964, nos educamos sob o lema da censura, nos informamos pelos meios de comunicações controlados, vivenciamos política sob a tutela das eleições indiretas e, mais tarde, da má formação dos partidos políticos, convivemos com a apatia e pacificidade das nossas comunidades e, principalmente, no desenvolvimento tacanho da nossa consciência cidadã, ora prejudicando nossas escolhas, ora nos demovendo da tentativa de ocupar os postos eletivos. Deixamos aos que se apresentavam: as tarefas e as responsabilidades. Omitimo-nos, pois. 
 
Por aqui, permitimos que a guerra política descambasse para as questiúnculas pessoais. Aceitamos a divisão do nosso povo em detrimento das diversidades de pensamento. Chegamos ao despautério de eleger um deputado estadual para depois renegar-lhe, oficialmente, sua representatividade e importância no cenário estadual, menosprezando, nessa atitude, os prejuízos ao conjunto da população. Seremos sempre os responsáveis pelos nossos atos. Talvez este ano nos traga a glória da nossa redenção. 
 
Os nomes estão colocados: Alberto, Dado, Manoel, Paganini e Sonia. Deles sairá o futuro prefeito. Doutros cento e tanto, os próximos vereadores. 
 
Seria conveniente tornar esta eleição mais política, menos pessoal. Oferecer ao eleitor os recursos para lapidar a escolha para que o melhor seja eleito. A maioria tem, em tese, o condão de distinguir o melhor espírito progressista, mas atrelado aos olhos conciliantes; a maior garra para lutar por nossa terra, mas respeitoso ao meio ambiente; o fanático dinamismo para trazer a cidade à vida, à alegria, às festas, mas sem descuidar da redução das desigualdades.
 
O desmonte do palanque após a apuração e a divulgação dos resultados, já será um grande avanço. Que a sorte recaia sobre nós.
Fonte: Nino Marcatti

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