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Itapira, 20 de Abril de 2024
Artigo
15/09/2013 | Humberto Butti: O inesquecível time grená do Itapira A.C

 

 
 
 

Nascido da paixão de algumas pessoas pelo futebol e também pela falta de um clube para representar a cidade, o Itapira Atlético Clube virou uma das paixões dos torcedores itapirenses e escreveu seu nome na história do esporte.
Lembro que em 1970, pouco tempo depois de conquistar o título da 3ª divisão do futebol paulista, a Sociedade Esportiva Itapirense surpreendeu seus torcedores com o fechamento de do futebol profissional. Aí, a partir daí começou a movimentação de alguns abnegados para a criação de um novo clube.
 
Pelo que tenho conhecimento, o Itapira Atlético Clube, fundado oficialmente em 24 de agosto de 1971, surgiu a partir do XI de Agosto, um time que disputava o futebol amador da cidade, liderado pelo bancário e esportista Nelson Atalla, que foi o idealizador da criação do novo clube. Até mesmo as cores branca e grená foram mantidas do antigo clube para a formação do Itapira A.C.
 
Durante a trajetória do Itapira foram inúmeros os colaboradores. Lembro de muitos, mas não de todos, mas posso enumerar, além de Nelson Atalla, José Cintra Machado e dona Helena, Geraldo Cintra Machado, Geraldo Amaral, Quim Galvão de França, Rafael Picone, Jacomo Brioschi Filho, Eduardo Mixtro, Carlinhos Cereto, Norberto Buscariolli, Neto Coloço, Nelson Guiraldelli, Aroldo Cristóvão Zago, Ernesto Rogatto, entre tantos que deram sua contribuição, mas que me fogem à memória no momento, mas que com certeza serão lembrados por aqueles que acompanharam o clube.
 
Dentro de campo a legião de atletas, da casa e de cidades da região, é imensa. Muitos foram formados no clube e seguiram carreira pelo mundo afora, como Silvio Galizoni, o Dé, negociado ao Palmeiras em 76 e que estava no time principal do clube paulista na campanha de 78, quando o Palmeiras ficou com o vice-campeonato nacional.
Fatos e momentos históricos serão lembrados pelos torcedores por muitos e muitos anos, como a histórica campanha de 83, quando a disputa com a Sanjoanense pelo título da chave se estendeu até uma partida extra, disputada em Espírito Santo do Pinhal. Ou a de 85, quando o clube poderia ter chegado bem mais longe, não fosse a ação desabonadora do então vice-presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), o já falecido Nabi Abi Chedid.
 
Lembro bem de tudo isso porque vivi tudo aquilo. Acompanhei o desenrolados fatos desde o início daquele ano, quando acompanhei o então presidente Nelson Guiraldelli e o vice Antonio Orcini até um evento na antiga sede da federação, que funcionava na Brigadeiro Luiz Antonio. Lá, os dirigentes do clube itapirense foram acuados em um canto da sala do presidente José Maria Marin pelo secretário Eduardo José Farah e acusados de terem votado na outra chapa durante as eleições da entidade.
 
Ali, naquele momento, senti que alguma coisa seria feita por aqueles homens para o Itapira não tivesse sucesso em sua caminhada dentro do certame paulista. Dito e feito, apesar da campanha inquestionável, com vitórias dentro e fora de casa, alcançadas a partir do trabalho feito pela diretoria e pela Comissão Técnica e contando com um elenco forte e unido, o clube foi literalmente tirado das finais pelos homens da federação.
 
Tudo se passou da seguinte forma: naquela época uma vitória valia dois pontos e o Itapira, com a vitória por 1 a 0 alcançada fora de casa sobre o Guapira, gol de cabeça marcado por Pedro Paulo, chegou aos nove pontos e não poderia ser alcançado pelo Serra negra, seu principal concorrente, que somava apenas seis e mesmo que vencesse o confronto direto marcado para o Chico Vieira não tiraria a classificação do time grená.
 
Mas, como havia sido beneficiado pela arbitragem e pelo TJD da federação em um jogo em casa, diante do próprio Guapira, o Serra Negra teria a mãozinha dos dirigentes para virar o jogo. Naquele jogo em Serra Negra, o time da casa sofreu um gol aos 43 minutos do segundo tempo e sua torcida invadiu o campo, provocando a suspensão da partida, mas na contramão da lei, a federação, ao invés de punir o time mandante, marcou outro jogo, em campo neutro, se não me falha a memória, no campo da Ponte Preta, mas não informou o Guapira da decisão. Resultado: o Serra Negra venceu por WO e, com a vitória por 1 a 0 em Itapira, ficou com a vaga.
 
Mas esses são apenas fatos que ficaram guardados na memória, mas que não tiram o brilho de um clube que levava o nome da própria cidade. Um clube que, na década de 70, primava pelo fato de não perder jogo em casa. Um clube que, apesar do tempo, não foi esquecido por seus torcedores.
 
 
 
 
Flagrante de uma reunião de diretoria nos anos 70:
pessoas que trabalhavam por amor ao clube
 
Formação de 86 – em pé: Jacomo Brioschi Filho (diretor), Flavinho, Dinhão,
Toninho Bellini, Cláudio José, Camilo, Tatão e Nelson Guiraldelli (presidente);
agachados: Amaral, Badão, Élson, Fischer e Marquinhos Piffer. Mascotinho – Giácomo Brischi Neto (Jacó)
 
 
Time de 85 – em pé: Chicão, Camilo, Dinhão, Gersinho, Cláudio José e Lilico:
agachados: Pedro Paulo, Antonio Luiz, Alemão, Chiquinho e Ditinho
 
As arquibancadas do Chico Vieira ficaram lotadas para o confronto com o Serra Negra em 85:
vitória dos visitantes por 1 a 0, gol de Paulinho McLaren
 
 
A tradicional camisa grená utilizada pelo Itapira Atlético Clube
 
Inúmeros atletas da cidade passaram pelo Itapira
e também atuaram em outros clubes,
como Toninho Bellini e Luizinho Pasté
 
 
 
Formação de 88 - Em pé: Ricardo, Bozó, Camilo, Cidão, Márcio Contessotto e Galocha;
agachados: Dias, Doni, Carlos Léo, Lima e Edilson
 
 
Outra formação de 85 – em pé: Chicão, Camilo, Toninho Bellini, Gersinho,
Dinhão e Fernando; agachados: Ronaldo, Alemão, Cláudio José, Pedro Paulo e Flávio Boretti
 
 
Fonte: Humberto Butti

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