No próximo final de semana estaremos com a Festa della Nonna em pé. Será a décima segunda edição. Promete ser a maior de todos os tempos.

Desde que o site oficial da festa foi ao ar (www.festadanonna.com.br) com os dados atualizados, inúmeros telefonemas, inclusive de outros estados, tem sido atendido pelo Circolo Italiano. Muitos buscando informações mais detalhadas, manifestando o desejo de conhecer a festa itapirense.

O presidente do Circolo, Sr. Walter Ricciluca, não esconde a ansiedade e a alegria com a aproximação da festa que ele criou. E não é para menos. A Festa della Nonna, a cada ano, dá um passo à frente nos propósitos que rechearam a sua constituição. Começou mirradinha, no pátio da antiga estação, com a incumbência de lastrear os ares festivos dos imigrantes italianos e a valorização da italianidade nas nossas origens. Já naquela época, as apresentações culturais se faziam presentes.

A partir de 2003 a festa veio para o centro. Carregou os princípios e agregou o mote da revitalização da Praça Bernardino de Campos. Naquele tempo, talvez pouca gente se lembre, a praça estava abandonada, era lugar que só se usava como passagem. Três ou quatro construções estavam paralisadas, como se quisessem atestar que aquele local não servia mais para nada.

Na abertura da Festa della Nonna de 2003, o presidente do Circolo, em seu discurso, pediu e desafiou o povo que estava presente e o prefeito de então, José Antonio de Barros Munhoz, a retirarem a praça principal da sina, tão doida por todos os itapirenses. A partir daquele momento, coincidência ou não, foi iniciado o processo de reversão. Pouco tempo depois foi anunciado acordo entre a Prefeitura e o Centrão para a conclusão das obras. O prédio da esquina do antigo Bar Central, paralisado a anos, finalmente foi concluído. Assim como o outro esqueleto, da esquina Tiradentes e Joaquim Inácio, foi revestido e finalizado. O prédio do antigo Cine Paratodos, reformado e alugado. Hoje, a praça não recuperou o glamour de antigamente, mas é visível a melhora do movimento e dos cuidados.

Nenhum outro acontecimento reúne tanta gente no chão da praça durante os três dias de festa. A agitação começa na montagem, terça, e só termina com a limpeza geral na segunda-feira. Uma festa pública, de alta concentração, que não registrou, desde a primeira, nenhum ato de hostilidade ou violência entre os frequentadores, como se houvesse um código de respeito pela memória dos antepassados.

É gente bonita, de todas as idades, conversando alegremente, na mais pura manifestação de apego à terra. Os visitantes se apresentam, mas passam despercebidos para a maioria das pessoas, pois interagem com o espírito da festa, como se aqui vivessem desde criancinhas.

As festas foram originadas nas comemorações da semeação, do final do plantio, da boa colheita, do louvor a Deus, das vitórias etc.. Delas nasceram as danças, as músicas, os desfiles, as fantasias, a cultura. Hoje, muita gente pensa que festa é só alegria. E é, também, mas tem um montão de coisas atrás dela, mesmo quando a gente não identifica.                  

ERREI: No Ponto de Vista da semana passada, a construção do último parágrafo levou o leitor a deduzir que a morte de Jacomo Mandato ocorreu há três anos.  Jacomo faleceu em 2009, portanto, dois anos completos. A intenção era conduzir para idéia de que a Fundação, que leva o seu nome, deva ser instalada no transcorrer do terceiro ano da sua morte, entre 25/09/11 e 25/09/2012.