Olá a todos, de volta com mais um texto, e grato pela paciência de o lerem!
Há algumas semanas, escrevi sobre a difícil a situação do eleitor que não encontrou um candidato a altura do seu voto, e que se veja “obrigado” a eleger alguém para uma situação que ele não concorda, e que uma vez eleito um candidato, não há garantia alguma de que ele vá cumprir com o prometido durante a campanha, mas... Será que todos os candidatos são assim?
Pensando nisso, porque não escrever também sobre “A difícil arte de ser Candidato”?
Escrevo tentando imaginar quais as dificuldades que eles encontram em seu caminho, desde a decisão de se candidatar até o dia seguinte às eleições, com vitória ou não, principalmente para os marinheiros de primeira viagem, que no caso será a inspiração para a criação do nosso Personagem.
A primeira dificuldade é decidir ser um político com a “profissão” tão em baixa, não deve ser fácil dizer aos seus familiares que pretende se filiar a um partido, disputar uma eleição, e ao dizer aos amigos que é político, logo será considerado “farinha do mesmo saco”, por mais bem intencionado que seja.
A próxima deve ser convencer a família, pois, o questionamento sobre o custo dessa empreitada certamente será uma das primeiras coisas em pauta, uma vez que nem tudo é pago pelo partido, e obviamente terá mais chances, quem gastar um pouco mais, e não é toda família que aceitaria se envolver e envolver seu patrimônio na política.
Tornar-se uma pessoa pública não é assim tão simples, o “novo político” vai aprender que existem coisas que aconteciam em sua vida particular, em nada lhe afetavam, mas com a imagem a zelar, as coisas terão que ser diferentes, uma frase dita na hora errada, no barzinho de sempre que seja, será notada e pode fazer estragos consideráveis não só para ele como para a família.
Com tudo decidido, a família de acordo, feito até um planejamento financeiro, confirmada a filiação a um partido político, agora vai não?? Calma! Ainda falta conseguir a legenda, ou seja, falta o tal partido permitir que ele saia candidato pela agremiação, e se nosso “herói” não for bom de voto, uma pessoa bastante popular, pode até ser barrado e nem ser candidato.
Vencido o crivo partidário, vem a campanha propriamente dita, e a dificuldade passa a ser lidar com o eleitor, que ao saber que ele é candidato o verá de forma diferente, vendo nele todos os defeitos atribuídos aos políticos em geral, como ser corruptível, só pensar no salário que irá receber, e que irá se esquecer dos eleitores tão logo seja eleito.
Mudar essa imagem junto aos eleitores parece-lhe uma tarefa quase impossível. Como passar ao eleitor que deseja trabalhar mesmo em prol da comunidade? Que realmente é uma pessoa honesta? Encontrar um eleitor que acredite em político não é tão simples como ele esperava.
Bem... Suponhamos que nosso personagem seja eleito, será que ele conseguiria tocar seus projetos? Se algum desses projetos vier a contrariar interesses políticos e partidários, duvido muito que consiga realizá-los, penso que não demoraria muito para que recebesse de forma discreta e “educada” orientações sobre o que pode ou não pode fazer, ou será que conseguiria apresentar projetos sobre redução na quantidade de vereadores e seus salários, por exemplo?
Infelizmente, nosso personagem aprenderia que na política, os interesses e os ideais não andam de mãos dadas, e impossibilitado de realizar tudo o que desejava, será visto como “mais um político igual aos outros”, e você meu caro leitor, seria candidato??
Nota: Com o objetivo de ser o mais isento possível, não entrevistei ou tive contato com qualquer candidato para a elaboração do texto, sendo, portanto, todas as situações descritas, mera ficção.
Muita saúde, Paz e Prosperidade a todos!!
José Carlos Barbieni – Serralheiro
Técnico em informática pela Etec “João Maria Stevanatto”- Itapira-SP
E-mail: [email protected]
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Itapira, 18 de Abril de 2024
02/09/2012 | José Carlos Barbieni: Ser candidato é fácil ??
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