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Itapira, 29 de Mar�o de 2024
Artigo
14/12/2016 | Luiz Santos: “Para que nasçam os homens de Deus foi preciso que primeiro nascesse Deus dos Homens”

Hoje gostaria de ceder o espaço desta pastoral ao maior de todos os pensadores da Igreja, desde o Apóstolo Paulo, Agostinho de Hipona. Católicos Romanos e Protestantes são a seu modo, devedores deste gigante do cristianismo. Às portas do Natal, deixemos que Agostinho nos instrua nesta verdade de fé que desejamos celebrar com beleza, devoção e inteligência no domingo próximo:

DO TRATADO DO EVANGELHO DE JOÃO, DE SANTO AGOSTINHO, BISPO E DOUTOR DA IGREJA:

“Para que nasçam os homens de Deus foi preciso que primeiro nascesse Deus dos homens, Cristo é Deus, e ele nasceu dos homens. Somente procurou mãe na terra, quem já tinha Pai nos céus, Aquele mesmo que nasceu de Deus, é nosso Criador, é também nosso reparador, nascido de uma mulher. Não te estranhe, ó homem, ser filho de Deus pela graça; não te estranhe o teu nascimento de Deus à semelhança de seu Verbo. É o mesmo Verbo quem consentiu nascer primeiro do homem com a finalidade de assegurar-te mais sobre o teu divino nascimento.

Agora sim, podes perguntar-te a ti mesmo por que razão Deus quis nascer do homem. É que foi tanto o que amou que, para fazer-me imortal, quis nascer ele mesmo por mim de uma vida mortal. O evangelista depois disse: Eles nasceram de Deus, como previa nossa admiração, nosso assombro e estremecimento em presença de graça tão singular, até o ponto de parecer-nos incrível que os homens nasçam de Deus: e com a finalidade de dar-nos, a partir desta verdade garantias de segurança, prosseguiu: E o verbo se fez carne, e habitou entre nós.

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e seu nascimento é o colírio que limpa os olhos de nosso coração, e desta forma já podem ver sua grandeza através de suas humilhações. O Verbo feito carne, que viveu entre nós, é quem curou os nossos olhos. E o que diz o evangelista na continuação? E vimos a sua glória. Ninguém pode ver sua glória se não for curado pelas humilhações de sua carne. E por que não podemos vê-la? Atenção, meus irmãos, e compreendereis o que quero dizer. A poeira e a terra que caíram nos olhos do homem foi que lhes lesionou e obstaculizou a contemplação da luz. A estes olhos se lhes dá, depois, uma unção com o pó da terra para que curem, porque também foi a terra a causa de suas feridas. Os colírios e os remédios não são mais do que terra. O pó fez perder a vista e o pó a devolverá. A carne foi a causa de tua cegueira, e a carne será a que fará desaparecer. O consentimento nos afetos carnais fez que a alma fosse carne, e disso veio a cegueira do coração.

O Verbo se fez carne: Eis aqui o médico que te preparou o colírio. O Verbo veio desta maneira para extinguir por sua carne os vícios da carne, e destruir com sua morte o império da morte. Por isso, graças ao produzido em ti pelo Verbo feiro carne, tu podes dizer: Comtemplamos a sua glória. Que glória é esta? É a glória de ser filho do homem? Ora, isto é mais humilhação do que glória. Até onde alcança a vista do homem curado pela carne? Temos visto, diz, a sua glória, glória do Filho único do Pai, cheio de graça e de verdade... Por agora o que foi dito basta. Transformai-vos em Cristo, e que se fortaleça a vossa fé, e permanecei sempre em vigilância e no exercício das boas obras. Não vos separeis nunca do lenho, que é o único meio de passar o mar.”

 

Desejo irmãos que as festividades que envolvem o Natal do Salvador sejam uma abundante fonte de consolação e esperança para todos quantos confessam que Jesus Cristo, feito homem, é o único meio pelo qual Deus o Pai, efetua em nós a salvação. E que, como igreja, anunciemos ao mundo que naquela noite alvissareira quando Cristo veio à luz deste mundo assumindo nossa carne do ventre de Maria, uma fonte inesgotável de graça e misericórdia se abriu aos pecadores. Corramos pressurosos para essa fonte, nela nos banhemos e nela matemos a nossa sede de vida.

 

Reverendo Luiz Fernando é Ministro do Evangelho na Igreja Presbiteriana Central de Itapira

Fonte: Luiz Santos

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