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Itapira, 28 de Mar�o de 2024
Artigo
31/10/2014 | Luiz Santos: Avaliação

“Mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom” (1 Ts 5.21).

Encaminhamo-nos para o final de mais um ano. Este, especialmente, parece ter passado mais rápido que os outros. Evidentemente que é apenas uma impressão desta sociedade vertiginosa que parece ter brigado com o tempo, com a quietude, com o silêncio e com a serenidade. Tudo é muito instantâneo, fugaz, instável e com prazos exíguos de validade. Daí que a correria do dia a dia leva-nos a esta impressão de que o ano de 2014 está sendo mais curto, breve e passou mais rapidamente que os anos de 2013, 2012 e etc. Contudo, estamos vivendo aquele tempo em que começamos a levantar dados, olhar os meses já vividos, checar o que de nossos projetos pessoais e comunitários foi efetivamente executado e que resultados colhemos. É tempo de iniciarmos a nossa avaliação de 2014.

Precisamos fazer um estudo acurado, ter prudência, olhar os acontecimentos com certo distanciamento, ser generosos e misericordiosos conosco e com os outros com quem e para quem trabalhamos como Igreja. Não podemos nos prender aos parâmetros muito estreitos da ‘performance’ e nem ceder à numerolatria, isto é, a idolatria dos números e das estatísticas. Nossos critérios precisam ser condizentes com a ética do Reino de Deus e nossos parâmetros devem ser bíblicos o quanto possível. Assim, passo a fornecer alguns critérios que devem ser levados em conta para as mais variadas áreas de nossa vida cristã e de nossa missão como Igreja.

1. Nas finanças (pessoas ou da Igreja), o critério a ser levado em conta é o da mordomia, isto é, se usamos os recursos à nossa disposição com a consciência de que eles não nos pertencem em absoluto, mas que foram confiados à nossa administração tendo sempre em vista a justiça do Reino, o avanço do Evangelho, a Glória de Deus, o nosso digno sustento pessoal e o socorro dos pobres. Na verdade, a pergunta que deve ser feita é se com tais recursos nos tornamos bênçãos para os outros e se desfrutamos deles com moderação, gratidão no coração e humildade.

2. No cumprimento de nossos deveres (profissionais ou eclesiásticos) devemos trazer em mente o seguinte critério: a quem desejamos agradar? Se a sociedade, as pessoas ou a nós mesmos, é certo que muito pouco de generosidade, honradez, ética e verdade poderão ser encontradas em nossas ações. Todavia, se o que desejamos é em tudo agradar a Deus: Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1 Co 10.31), então acharemos sentido, graça, beleza e contentamento na posição que ocupamos na vida, seja ela de certo destaque aos olhos dos homens, seja de anonimato no escondimento do cotidiano, porém certos de que o supremo galardoador tem seus olhos sobre nós.

3. Em nossos relacionamentos pessoais. Aqui o critério é simples e prático: Temos amado os irmãos? Temos cuidado de nossos familiares e dos da família da fé? Oramos, abençoamos e amamos os nossos inimigos? Um bom critério é este: “O amor deve ser sincero. Odeiem o que é mau; apeguem-se ao que é bom. Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios. Nunca lhes falte o zelo, sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor. Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração. Compartilhem o que vocês têm com os santos em suas necessidades. Pratiquem a hospitalidade. Abençoem aqueles que os perseguem; abençoem, e não os amaldiçoem. Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram. Tenham uma mesma atitude uns para com os outros. Não sejam orgulhosos, mas estejam dispostos a associar-se a pessoas de posição inferior. Não sejam sábios aos seus próprios olhos. Não retribuam a ninguém mal por mal. Procurem fazer o que é correto aos olhos de todos. Façam todo o possível para viver em paz com todos. Amados, nunca procurem vingar-se, mas deixem com Deus a ira, pois está escrito: ‘Minha é a vingança; eu retribuirei’, diz o Senhor. Pelo contrário: ‘Se o seu inimigo tiver fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazendo isso, você amontoará brasas vivas sobre a cabeça dele’. Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem” (Rm 12.9-21).

4. Por fim, como avaliar o nosso relacionamento com Deus? Lembrando sempre que sem fé é impossível agradar a Deus e ainda, sem santificação ninguém verá o Senhor. Assim vale perguntar como estamos exercendo a nossa fé e com o quê a estamos alimentando? E o nosso progresso na santificação, a nossa fruição, a nossa piedade? Temos investido e valorizado a nossa relação com Deus numa vida devocional sincera, regular e amorosa?

Iniciemos a nossa avaliação com o desejo de sermos achados aprovados diante de Deus e de corrigir em nós tudo quanto dele não for digno: “Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém”(Rm 11.36).

Rev. Luiz Fernando

É Ministro da Igreja Presbiteriana do Brasil em Itapira

Fonte: Luiz Santos

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