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Itapira, 16 de Abril de 2024
Artigo
19/06/2017 | Luiz Santos: Bênção

Vivemos em um mundo marcado pela maldição do pecado. As Sagradas Escrituras nos ensinam isso e a nossa experiência nos comprova todos os dias essa verdade. Claro, há muita coisa boa no mundo, a natureza continua, apesar dos ataques que sofre, exuberante e fonte de vida, saúde e prazer. As artes, a tecnologia e toda sorte de conhecimento tendem a tornar a vida humana mais prazerosa. Contudo, um olhar mais atento pode perceber a ambivalência de todas essas coisas e as inconfundíveis marcas da queda corrompendo, infectando e trazendo a morte exatamente por meio dessas realidades citadas.  Quando lemos o livro do Gênesis nos capítulos de 1 a 11, encontramos ali a Queda do homem e a consequente entrada do mal e da morte no mundo, o homicídio de Caim, o dilúvio como punição sobre a maldade presente na humanidade e na criação e mais tarde, a flagrante desobediência e a arrogância presente no coração do homem, mesmo já tendo experimentado a punição. Todavia, a narrativa bíblica revela a disposição do coração de Deus em abençoar toda a criação e a humanidade. Já no Arco Íris, sinal visível colocado nas nuvens por Deus em sua aliança com Noé, o Senhor compromete-se a nunca mais destruir a criação, mas comunica que deseja preservá-la por meio das estações e do mandato cultural renovado com o seu servo. Em Abraão, na eleição do povo de Israel, encontramos um Deus determinado a abençoar. A punição não tem a última palavra no plano de Deus. A Aliança com Abraão e a promessa de fazer chegar a bênção a todas as famílias da terra é a solução dada por Deus para corrigir, restaurar, redimir e salvar o homem e a criação. E como Ele o faz? Por meio de seu povo. Esse povo deve carregar a promessa da bênção e a esperança de sua realização através da história. Em Jesus temos a plena realização dessa promessa e agora, por meio da Igreja, o Pai quer fazer chegar a sua bênção a todas as famílias da terra, a todos os povos, raças, línguas e nações. Essa bênção é Jesus Cristo, sua pessoa, seus atos redentores e seu Evangelho. A Igreja deve assumir-se como a portadora da missão de levar a bênção de Deus. Isso ela o fará por meio do engajamento missionário criativo, fiel, abrangente e apaixonado. Nosso planeta precisa da bênção de Deus. Vivemos dias confusos, desesperançados, com sombrias expectativas. A ecologia dá sinais de exaustão, de cansaço, fruto da ganância e da idolatria do dinheiro. E a resposta para esses dias está na bênção de Deus para as nações. O homem abençoado em Cristo há de assumir o seu propósito original de estar aqui na terra, cuidar da criação, zelar pelo jardim. A Igreja e cada cristão deve tornar-se a consciência viva, o testemunho consistente e o engajamento eficiente nas causas que defendam o meio ambiente e que promovam a sustentabilidade. É reconfortante saber que existem micros e macros movimentos nessas áreas. Saber que o ‘Greenpeace’, por exemplo, é uma iniciativa cristã evangélica nos dá grande motivação para o engajamento. A bênção de Deus quer libertar o homem da injustiça, da escravidão, das humilhantes condições sub-humanas. A bênção do Deus em Cristo deseja o fim das guerras, dos campos de refugiados, das torturas nos campos de prisioneiros e cadeias. O fim da marginalização da mulher e a exploração de vulneráveis. Aqui, graças a Deus, há cristãos igualmente envolvidos. A ‘Human Rights Watch’, uma agência mundialmente conhecida pela defesa dos direitos humanos, também possui inspiração original em um grupo de cristãos conscientes. Todavia, de todas as bênçãos com as quais o Pai está decididamente interessado em fazer chegar às nações, nenhuma delas tem mais urgência e necessidade do que o conhecimento de Cristo Jesus como único e suficiente Salvador. Nenhuma bênção é tão desesperadamente necessária do que as nações se colocarem sob o Senhorio de Cristo pela obediência da fé.  Essa é a nossa identidade como o povo da bênção: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9). Como Igreja em Itapira e para o mundo sejamos o agente pelo qual a cura da Terra e do homem alcance a todos pela bênção do Senhor.

Reverendo Luiz Fernando é Ministro da Palavra na Igreja Presbiteriana Central de Itapira

Fonte: Luiz Santos

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