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Itapira, 29 de Mar�o de 2024
Artigo
28/01/2014 | Luiz Santos: Diaconia: Sinal e Conteúdo

 Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos” (1 Pe 2.21).

Alguém já afirmou que uma imagem vale mais que mil palavras. Um gesto concreto vale mais que um bom discurso. Que as palavras convencem, mas que os exemplos arrastam. O Senhor Jesus Cristo usou em seu ministério público tanto o discurso, as palavras, as ideias, os argumentos e os arrazoados quanto o exemplo de suas ações e opções. Na verdade, a vida cristã exige do discípulo a capacidade de apresentar a sua fé: “Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês” (1 Pe 3.15), sem contudo deixá-la morrer no palavrório vazio, mas traduzindo  o que diz crer em gestos concretos:  “Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus?  Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade” (1 João 3.17-18).

Durante a última ceia Jesus deixou o sinal perfeito e o conteúdo exato daquilo que cada crente deveria reproduzir em sua vida como evidência de genuinidade do seu seguimento e da sua obediência ao Evangelho: “assim, levantou-se da mesa, tirou sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em sua cintura. Chegou-se a Simão Pedro, que lhe disse: ‘Senhor, vais lavar os meus pés? ‘Respondeu Jesus:Você não compreende agora o que estou lhe fazendo; mais tarde, porém, entenderá". Disse Pedro: ‘Não; nunca lavarás os meus pés’. Jesus respondeu: ‘Se eu não os lavar, você não terá parte comigo... Pois ele sabia quem iria traí-lo, e por isso disse que nem todos estavam limpos. Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: "Vocês entendem o que lhes fiz? Vocês me chamam ‘Mestre’ e ‘Senhor’, e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. Digo-lhes verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou. Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem" (João 13:4-17).

O sinal aponta para uma realidade superior, isto é, o amor oblativo, sacrificial, de entrega da vida, serviçal que não busca o interesse próprio. Sinal de um estilo de vida que indica a justiça do Reino de Deus. O sinal é a proposta de um estilo de vida na contramão dos valores cultuados pela sociedade. Mais do que sucesso, realização existencial. Mais do que poder, serviço. Mais do que glória, caráter. Já o conteúdo é o próprio exemplo da ação concreta: colocar-se aos pés, a serviço, fazer-se útil, traduzir o discurso da fé em ações que beneficiem o próximo, que toquem a vida dos nossos semelhantes de maneira transformadora. O sinal é a razão de ser, o motivo que indica a nova vida no Reino de Deus. O conteúdo são as coisas que fazemos que comprovam esta novidade de vida.

Assim, a diaconia deve ser entendida na Igreja em primeiro lugar como um sinal que recorda os padrões e os princípios do Evangelho que devem reger a nossa vida. O diaconato é um sinal vivente e permanentemente visível que nos aponta para a busca do Reino de Deus e a sua justiça em nossa vida cotidiana. Em segundo lugar o exercício do seu ministério entre nós desafia-nos e convoca-nos para o exercício de nossa fé a serviço da caridade, da partilha, da generosidade, do voluntariado e etc. Elegendo diáconos em nossa comunidade colocamos diante de nós mesmos a sinalização que nos conduz pelos caminhos da misericórdia e da justiça até o Reino dos Céus. Escolhendo diáconos escolhemos modelos vivos de vidas comprometidas com o Evangelho que seguramente podemos imitar e desejamos reproduzir. Que a comunidade discirna seu voto à luz da Palavra de Deus. Que os eleitos respondam ao chamado certos de: “que[Deus] nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos” (2 Tim 1.9).

Reverendo Luiz Fernando

Pastor da Igreja Presbiteriana Central de Itapira

Fonte: Luiz Santos

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