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Itapira, 25 de Abril de 2024
Artigo
16/07/2019 | Luiz Santos: O imperativo da Oração

Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos” (Ef 8.18).

 

A oração é a mais excelente atividade da alma humana. É a mais sublime experiência da vida com Deus e a mais preciosa dádiva que o crente recebe para a sua caminhada nesta vida rumo ao Céu.  A oração é a essência do nosso relacionamento com o Criador, é o modo como demonstramos que estamos conscientes da sua presença, gratos por sua providência e desejosos da sua amizade e intimidade. Deus mesmo determinou a oração e o fez para o nosso proveito para todas as circunstâncias da vida. Não há uma dimensão do nosso existir que não possa ser influenciada decisivamente por ela. Como disse John Bunyan: "Você pode fazer mais que orar, depois de ter orado, mas você não pode fazer mais que orar antes de orar".  Tudo o quanto o Senhor tem a nos oferecer em Cristo ele determinou que fosse pela oração que nós recebêssemos, portanto, não recebemos mais porque não oramos mais e consequentemente, usufruímos tão pouco de todos os benefícios espirituais e nos sentimos tão pouco satisfeitos com as dádivas temporais, porque oramos muito pouco. Em tempos secularizados e pragmáticos como os nossos a oração parece ser uma alienação e uma perda de tempo, nada racional e muito pouco útil, a não ser para aquela utilidade terapêutica como a meditação, o relaxamento e o aumento de concentração. Coisas que a oração sem dúvida pode proporcionar. Mas, não é esse o seu fim, pelo menos não a oração da fé, a oração bíblica. Em primeiro lugar a prática da oração para um cristão tem a ver com a sua consciência despertada para a realidade sempre presente de Deus, sua grandeza, seu poder, seu Reino, seus direitos, sua glória e santidade. Esta presença o atrai, cativa, seduz de tal maneira que o crente não pode resistir e é levado a magnificar, exaltar e engrandecer com suas palavras a esse Deus maravilhoso. Em segundo lugar, essa mesma consciência leva o cristão a perceber a sua contingência, falibilidade e insustentabilidade. Sabe que nada pode, nada tem e sem Deus não pode conseguir. Apela para a sua bondade e para as suas promessas e se confia inteiramente aos seus cuidados. Essa presença divina é santa, santíssima, que revela ao coração do homem de fé a sua condição vil, pecaminosa, depravada e sua incapacidade de resistir frente as tentações. Acerca do pecado e da oração John Bunyan escreveu o seguinte: "A oração faz o homem parar de pecar, mas o pecado leva um homem a parar de orar". Portanto, a oração nos alcança poder para resistir as tentações da carne, dos olhos, do mundo e os assaltos de satanás. A oração nos dá sensibilidade e discernimento quanto ao mal e as armas necessárias para lutar contra ele. Sem oração o pecado floresce em nosso coração como ervas daninhas. Jesus ensinou-nos a pedir não somente por coisas espirituais, imprescindíveis e perfeitamente harmonizadas à natureza da fé, mas também humildemente pedir pelas dádivas temporais. Nos ensinou a pedir pelo pão de cada dia “Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia” (Mt 6.11) e a cura para os nossos corpos “A sogra de Simão estava de cama, com febre, e falaram a respeito dela a Jesus. Então ele se aproximou dela, tomou-a pela mão e ajudou-a a levantar-se. A febre a deixou, e ela começou a servi-los” (Mc 10.30,31). Tiago nos ensinou a confiar a Deus os nossos negócios e lucros e orar para que o Senhor seja favorável aos nossos empreendimentos humanos: “Ouçam agora, vocês que dizem: Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro. Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa. Ao invés disso, deveriam dizer: Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo". (Tg 4. 13-15) e Paulo para que uma oportunidade de pregação fosse possível: Ao mesmo tempo, orem também por nós, para que Deus abra uma porta para a nossa mensagem, a fim de que possamos proclamar o mistério de Cristo, pelo qual estou preso” (Cl 4.3). Assim, vemos que sem uma vida fervorosa e disciplinada de oração muito pouco ou mesmo nada da vontade de Deus podemos realizar em nossa vida de modo que o agrade. E sem uma vida de intimidade com Deus não podemos obter nessa vida e nem usufruir com abundância aqueles bens conquistados por Cristo, desde agora a nossa disposição, sempre acessados e recebidos por meio da oração.

 

Reverendo Luiz Fernando é Ministro da Palavra na Igreja Presbiteriana Central de Itapira

 

Fonte: Luiz Santos

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