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Artigo
27/03/2019 | Luiz Santos: Viver em santidade

Uma vida santa e nada menos que isso é o que o Senhor deseja encontrar nos seus filhos. As Escrituras estabelecem esse padrão: “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Também o Breve Catecismo de Westminster ensina qual a importância de um viver santo em sua pergunta inaugural: Qual é o fim principal do Homem? O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre. O ato de glorificação e o gozo eterno de Deus são estados próprios da santidade e, sem ela, nenhuma das duas realidades é possível. A santificação, processo que leva à santidade, é o resultado inevitável da justificação. Isto é, depois de ser reconciliado com Deus mediante os méritos de Cristo transferidos para a sua vida, o convertido não só recebe um novo nascimento, mas também uma nova vida e passa a andar pelos caminhos do seu Salvador imitando-o em tudo. Portanto, um crente, um membro da igreja, que não evidenciasse as marcas de um viver santo e ainda vivesse sob a influência de pecados sem se incomodar, deveria questionar a sua real situação diante de Deus. Os que progridem em santificação também se tornam instrumentos úteis e mais eficientes no serviço do Senhor. De vasos da desonra outrora no pecado, agora purificados no sangue de Cristo são consagrados e colocados a serviço do seu Senhor: “Se alguém se purificar dessas coisas, será vaso para honra, santificado, útil para o Senhor e preparado para toda boa obra” (2Tm 2.21). Um viver santo revela a beleza do Evangelho, cativa para um estilo de vida jamais encontrado no mundo e ainda impressiona as mentes mais do que qualquer outra coisa, o que prepara os caminhos para a proclamação da Palavra. A santidade dá credibilidade ao testemunho da Boa Notícia. Essa vida não tem um propósito maior e mais solene do que preparar-nos para o encontro com Deus. Para os salvos é justamente a santidade que nos torna aptos, adequados para esse encontro e para a convivência com os demais santos na glória, na eterna presença do Altíssimo. Um crente que não revele as marcas da santidade, não pode ter segurança de sua cidadania garantida nos céus. A santidade é a única natureza compatível com o estado glorioso dos ‘Novos Céus e Nova Terra’:Nela jamais entrará algo impuro, nem ninguém que pratique o que é vergonhoso ou enganoso, mas unicamente aqueles cujos nomes estão escritos no livro da vida do Cordeiro” (Ap 21.27). Uma outra marca cativante da santidade é a alegria. A ideia de que a santidade requer uma disposição melancólica e certa morbidez é uma grave distorção das Escrituras. Não pode haver tristeza onde há a presença constate do Espírito e o cultivo do seu fruto. Não pode existir tristeza e introspecção depressiva onde há comunhão com Cristo e obediência aos seus mandamentos: Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa” (Jo 15.10-11). Andar na presença de Deus e desfrutar da sua intimidade em uma vida piedosa é a suprema felicidade: Tu me farás conhecer a vereda da vida, a alegria plena da tua presença, eterno prazer à tua direita” (Sl 116.11). Portanto, aproveite esse tempo em preparação para a Páscoa do Senhor Jesus intensificando de maneira apaixonada e consciente a sua vida de santificação. Ame a santidade do Senhor. Ame a sua santidade pessoal. Ame a santidade do seu irmão e não deseje ser coisa alguma e nem fazer qualquer coisa que o impeça de viver tão santo, quanto for possível um pecador regenerado vir a ser, sempre contando com a infalível assistência do Espírito Santo.

 

Reverendo Luiz Fernando é Ministro da Palavra na Igreja Presbiteriana Central de Itapira.

Fonte: Luiz Santos

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