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Itapira, 24 de Abril de 2024
Artigo
20/10/2014 | Nino Marcati: Ei! A gentileza continua valendo a pena!

  

Gosto de observar as pessoas nas ruas como pedes­tres ou motoristas. Virou mania, eu acho. Sempre que é possível ou necessário quando, por exemplo, tenho que esperar alguém da minha família próximo a um ponto de grande movimentação popular, escolho uma posição estratégica para que eu possa observar o comportamento dos transeuntes. Não é “bisbilhote”. Não me prendo nos aspectos pessoais.

Quanto maior o movimento, melhor. Parece que as pessoas se imaginam mais invisíveis quanto mais gen­te estiver ao seu redor. Sempre que vou a São Paulo e Campinas, na visita aos centros nervosos, pratico essa brincadeira amadora de analista social urbano, com maior intensidade. Da movimentação de pessoas eu me inspiro e dou asas à imaginação. Coisa de maluco? Talvez!

O interessante é que as pessoas observadas, em geral, são estranhas ao meu convívio pessoal. Eu não as conheço, nem sei o que elas fazem. Volto os meus olhos para o comportamento delas em relação às outras pessoas e vice versa. Quantas surpresas! Imagino cada uma cuidando da vida, dos seus interesses, na luta para provimento dos familiares, lutando, quem sabe, pela própria sobrevivência. Muitas inspiram honestidade e gentileza. Outras, nem tanto.

O diacho é que nessas observações sempre vislumbro pessoas, motivadas ou não, tentando complicar ou abor­recer a vida dos que as rodeiam. Gente que parece fazer o que não deve só para se mostrar como diferenciada, mais importante do que as outras pessoas. Tem cabimento?

Vejo gente esbarrando noutras pessoas, nem sempre, é verdade, de forma propositada, mas que perdem a oportunidade de pedir desculpas e seguem em frente, como se nada tivesse acontecido. Vejo falta de paciência em relação aos mais velhos e aos portadores de necessidades especiais.

Vejo pedestres desrespeitando as faixas de segurança e a sinalização. Vejo motoristas na condição de mais fortes e protegidos, forçando preferência ampla, geral e irrestrita. Vejo gente, muita gente, mal-humorada. Burrice total!

Ser gentil, solidário e bem-humorado torna a vida mais agradável. Gostamos dos gestos que valorizam a nossa condição humana, que nos diferenciam dos animais irra­cionais. Gestos que ajudam a aliviar o estresse tanto dos geradores como dos receptores. Tornam a vida mais leve.

A campanha eleitoral deste ano está focada nas mu­danças. E de que mudanças estamos falando? Daquelas que vem de cima para baixo? As que quase nunca acon­tecem? “Será que não deveríamos, também, prover este nosso mundo com mudanças que estão ao nosso alcance, que estão em nossas mãos, todas capazes de melhorar o nosso dia a dia, também?”

Fonte: Nino Marcati

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