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Itapira, 29 de Mar�o de 2024
Artigo
12/05/2015 | Nino Marcati: Estou sex, daqui a pouco, vacinado!

Completei, nesta semana, sessenta anos de vida. Contados até quinta-feira, 21.915 dias, 525.944 horas; parte dormindo, parte acordado trabalhando ou descansando ou se divertindo ou simplesmente pensando; momentos corajosos, outros acovardados; fases alegres, outras tristes; mas sempre ten­tando aprender com os acontecimentos do dia a dia ou com as fontes disponíveis.

 

Desde cedo, ainda na adolescência, aprendi que com a vida não se brinca, nem se briga. A vida é como o freguês: tem sempre razão. É melhor tê-la como cúmplice, o tempo todo: aceitando os infortúnios; encarando os desafios; agarrando as oportunidades; respeitando todas as pessoas, inclusive as desafetas; semeando a paz, praticando justiça, afastando preconceitos e construindo a melhor base de conhecimento que estiver ao nosso alcance.

 

Algumas pessoas, longe dos sessenta, me abordaram nesse aniversário querendo saber o que era chegar a essa idade? “Estranho – pensei - nos anteriores ninguém me perguntava nada parecido”. Lembrei-me, de estalo, que quando cheguei aos sonhados dezoito anos, perguntas semelhantes chega­ram a ser direcionadas, mas naquela época, fazer dezoito anos era um grande acontecimento na vida dos homens, principalmente. Daí, os sessenta anos devem estar na mesma linha de grandeza.

 

Entrei no clima. Descontraidamente respondi que era a certeza de estar vivo, que já vislumbrava o gozo de alguns benefícios que a legislação confere à terceira idade como a vacinação, gratuita, contra a gripe e concluí, entre risos e piadinhas, dizendo que estarei, por dez anos, “sex”. Mas os danados queriam mais. Continuei.

 

Do ponto de vista prático, chegar aos sessenta é estar preparado para ouvir os reclamos do corpo e cuidar deles. É já ter entendido que os membros superiores e inferiores não acompanham a cabeça como antes. É introjetar que as comidinhas e as bebidinhas perderam a liberdade de serem ingeridas sem grandes sentimentos de culpa ou consequências. É perceber que o único setor que ainda pode ser bastante exigido é o cérebro. É estar consciente de que o tempo vivido é maior que o tempo a viver.

 

É hora de descobrir que no tempo de vida que ainda dispomos devemos priorizar os bons momentos. Para isso, experiência não nos faltará. Mas é preciso rever conceitos, abandonar as teimosias, afastar os preconceitos, colocar a paz como principal argumento, aumentar a paciência, jogar fora as picuinhas, tirar do vocabulário o verbete “inimigo” e investir nos amigos.

Chegar aos sessenta, então, é isso: a última oportunidade que a vida nos oferece, tomando como base a nossa experiência, para que possamos encontrar a melhor receita para vivermos mais alegres e felizes os nossos dias. Que sejam muitos.

 

A infelicidade dá um trabalhão danado para ser criada e mantida. Para ser feliz não é preciso fazer força é só deixar a vida nos levar.

Fonte: Nino Marcati

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