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Itapira, 24 de Abril de 2024
Artigo
09/03/2014 | Nino Marcati: Meus pitacos para o carnaval de rua!

 

No Brasil, de carnaval e futebol quase todo mundo diz entender um pouco. Gosta de criticar ou palpitar sem a menor cerimônia. Perfeitamente natural! São dois eventos da gema, de forte apego popular. Diante do que presenciei no Parque Juca Mulato, aproveito para dar os meus pitacos. Quem sabe os que entendem do assunto e os que colocam a mão na massa aproveitem alguma coisa ou provoque reflexões.
 
Comecemos, então, pela óbvia constatação. O povo de Itapira gosta da folia carnavalesca e ponto final. Se a apatia ainda transparece, responsabilizemos aos maus tratos a Momo noutros tempos. O folião adormecido sempre despertará diante do tratamento respeitoso por parte dos carnavalescos, das autoridades e dos organizadores. Carnaval é cultura arraigada. Até se transforma, mas nunca morre.
 
Não podemos nos esquecer de que Itapira se acostumou a ver o carnaval explorado por alguns oportunistas, gente que utilizava mal e parcamente a verba recebida, quando não dava destinações duvidosas.Mas neste ano, o gesto de excluir uma das componentes, evitando que o público assistisse uma escola desestruturada e feia e, ainda por cima, ao exigir dela a devolução dos valores recebidos, certamente construirá confiança e repercutirá, positivamente, nos carnavalescos do bem que poderão inclusive, voltar com suas antigas escolas ou para reforçar as já existentes.
 
Aliás, é bom que se diga, que o processo de saída dos antigos carnavalescos sem que novos nomes surgissem é coisa do passado. No carnaval 2014, as escolas de samba e os blocos foram comandados, majoritariamente, por gente nova, muitos com menos de trinta anos de idade. Sinal que temos fôlego para muitos e muitos anos.
 
O Parque Juca Mulato que tão bem se apresentou para receber o reinado de Momo, no último dia se mostrou tímido diante de tanta gente. Situação que fez com que dirigentes e autoridades passassem a se preocupar já com o próximo ano. Daqui por diante, todas as ruas e avenidas (planas, retificadas e com recuos generosos) deverão ganhar a atenção da UNIEB.
 
Mas espero que outras preocupações povoem as cabeças carnavalescas pensantes, como dinamizar e estruturar os desfiles, tornando-os inovadores e mais alegres. Muitos passistas, talvez aqueles que ainda não renasceram, faziam caras de quem estava em outro lugar, não cantavam, não distribuíam sorrisos, sambavam burocraticamente e até conversavam ou discutiam entre si, como se ninguém os assistisse. A UNIEB deve encontrar soluções para reduzir o cansativo intervalo entre as apresentações. Penso que usar apenas duas noites, uma com as escolas, outra com os blocos, ou então, misturá-las, desde que quando uma saia, outra entre, a reação do público será muito mais quente e mais animada. Para fechar as outras duas noites, nada que um trio elétrico ou uma banda arretada não possa fazer a festa da moçada.
 
Itapira sempre foi pródiga na criação de blocos. Parece óbvio que estimular esse segmento é certeza de bons frutos. Para finalizar, que tal pensar na organização de um desfile de blocos infantis, na tardinha da terça-feira gorda?
Fonte: Nino Marcati

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