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Itapira, 25 de Abril de 2024
Artigo
12/01/2015 | Nino Marcati: O que esperar de 2015?

Penso que a esperança racional deveria querer 2015 melhor que 2014 mesmo diante do quadro decantado pelo noticiário cotidiano. Parece-me esquisito alguém esperar que o ano que mal conhecemos possa acabar pior do que aquele que já se foi. Talvez valha perguntar: que tipo de ano bom nós queremos?

Para muita gente é preferível esperar pelo pior a ter que se decepcionar. No fundo, creio, que essas pessoas mesmo esperando pelo pior, fazem uma torcida danada para que o pior não aconteça. O paradoxo dos pessimistas!

O pessimista é aquele sujeito que tem o hábito de encarar todos os acontecimentos passados e futuros de forma negati­va. Para a filosofia, o pessimismo nasceu da desconfiança que alguns pensadores tinham em relação à evolução dos seres humanos. Para algumas pessoas, o mundo tende a ficar cada vez pior. Para outras, o mundo de hoje é muito melhor do que o de ontem. Parece brincadeira, mas não é.

Que tal atribuir uma nota de zero a dez a cada ano vivido? A máxima, seguramente, ficaria com o ano do nosso nascimento. A mínima, lamentavelmente, para o ano da nossa morte. Mera convenção. Na pior das hipóteses, nascer e morrer no mesmo ano apuraria a média mínima, cinco.

Digamos que uma pessoa atribua, para cada ano vivido, uma nota. Naqueles que conseguiu emprego, foi solidário, criou empresa, se casou, lutou pela paz, teve filhos ou netos, foi mais sincero, foi promovido, levou felicidade às pessoas, comprou carro novo, foi humilde, ganhou na loteria, foi honesto, se curou de uma doença, semeou o amor... A nota ficaria mais perto de dez. Noutros em que perdeu emprego, foi egoísta, a empresa faliu, patrocinou guerras, o casamento foi desfeito, foi menos sincero, perdeu um ente querido, levou infelicidade às pessoas, se envolveu em acidentes, semeou o ódio, descobriu uma doença... A nota se aproximaria de cinco.

Nota por nota, ao final da vida, que média seria interessante apurar? Tanto melhor perto da nota máxima, tanto pior perto da mínima. Será que a chegada do ano derradeiro não será mais serena quanto maior for essa média? Caso contrário, perto de cinco, não significaria dizer que a nossa existência simplesmente não valeu a pena? Tipo tanto faz como tanto fez?

Nem todos os acontecimentos das nossas vidas são previsí­veis e dependentes da nossa vontade. Mas uma porção deles é da nossa responsabilidade. Nessa matemática, a semana de recuperação não conta ponto. Quando muito, arrependimento. Ao levar esse tipo de avaliação para a sociedade como um todo, somando os pontos de todas as pessoas e calculando a média global, é muito provável que ela gire em torno dos sete e meio. Uma parte vai avaliar positivamente, a outra, negativamente. Seria a média “sete e meio” aquela que devemos perseguir?

Sejamos francos, o ano que se inicia, apesar de todos os bons votos recebidos, não deverá ser muito diferente de 2014, daqui a pouco ninguém se lembrará de que o ano é novo. Será que nós não podemos fazer a diferença?

Que 2015 seja melhor que 2014, em todos os sentidos. E o que não der certo de um lado, que façamos dar certo do outro. O que você acha desse desafio?

Fonte: Nino Marcati

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