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Itapira, 24 de Abril de 2024
Artigo
14/10/2012 | Nino Marcatti: Gostei de ver!

 

Convenhamos, é muito mais fácil escolher o prefeito do que o vereador para nos representar. Essa eleição mostrou que o nome de Paganini estava escolhido desde meados de julho. De lá para cá, Manoel Marques e Alberto Mendes tiveram oportunidade para tentar a reversão do quadro. Não conseguiram.
 
Já a votação dos vereadores é mais complicada. Tanto para nós, eleitores, como para os candidatos. Cento e quarenta e dois nomes. Desses, três foram indeferidos; um renunciou e dois aguardam julgamento. Como diria Roberto Carlos: “são tantas opções.”
 
A quantidade de candidatos jamais deve ser vista como exagerada. Ela abre a possibilidade para todas as vertentes de pensamento de nossa sociedade. É daí que se molda o perfil do eleitorado. Difícil é encontrar os candidatos identificadores. Nas eleições anteriores, o poder econômico era decisivo. Neste ano, tal influência, foi relativizada. Outro fator que perde força é o voto da amizade. Amigo é amigo, candidato é candidato. Continua firme o voto interesseiro particular. Talvez seja este a última mazela a cair. Mas cairá!
 
Aliás, quando votamos em um candidato a vereador, não é a ele o destino do nosso voto, mas ao time que ele pertence. Conclusão que nos faz avaliar o time completo. Ver se tem bons nomes, boas práticas e, sobretudo, ideologia. Como cada time representa, em tese, uma visão da sociedade, o reconhecimento dessa condição se dá pela totalidade de votos recebida por cada agrupamento.
 
Em Itapira foram validados 39.910 votos para o legislativo. Como dispomos de dez cadeiras, cada time precisou somar 3.991 votos para eleger um representante. A justiça eleitoral chama esse time de coligação, limitada a 20 candidatos e à proporção de três mulheres para sete homens.
 
As quatro coligações de Paganini superaram os 3.991 votos. Elegeram nove vereadores. A coligação de Alberto Mendes elegeu um. Nenhuma das duas coligações que apoiaram Manoel Marques atingiu o mínimo exigido.
Para garantir a representatividade, não são eleitos os vereadores mais votados na eleição, mas os que receberam mais votos dentro das suas coligações. Os cálculos para definir as demais cadeiras são mais complicados, trabalham com a proporcionalidade das sobras.
 
Em suma, os eleitores definem primeiro quais times devem continuar no campeonato, depois quantos representantes, cada time, enviará para a seleção (dez vereadores). O time DEM/PSDB/PCdoB acabou elegendo 3, o PP/PR/PMN/PSB: 2, o PRB/PTB/PMDB: 2, o PSC/PPS/PTC/PHS: 2 e, finalmente, PDT/PT/PSDC: 1. Por partido o placar ficou assim: PSDB: 3, PRB: 2, PSB: 1, PP: 1, PSC: 1, PPS: 1 e PT: 1.  Tal sistema pode ser discutível, mas não me parece que a quantidade de votos na coligação possa ser suprimida sem desiquilibrar a representação dos pensamentos majoritários. Também pode ser dito que os partidos ou coligações são desprovidos de ideologia. Realidade, por hora, incontestável, mas isso já é outra história. A regra não deve, jamais, contemplar a exceção.  
 
Das campanhas políticas que assisti, os vereadores eleitos deste ano parecem diferentes, merecem confiança, valorização e acompanhamento. Conversei com todos eles. Senti qualidade por conta da sequencia evolutiva. Mostra que a cada eleição, escolhemos melhor. Isso basta! O resto é conversa de derrotado.
 
Fonte: Nino Marcatti

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