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Itapira, 19 de Abril de 2024
Artigo
28/08/2010 | O ENGODO.

Os dicionaristas definem a palavra “engodo” como sendo qualquer artifício utilizado para atrair alguém, chamariz, qualquer tipo de cilada, manobra ou ardil que vise enganar, ludibriar outrem, induzindo-o a erro, falsa atitude de lisonja, de adulação. Isca para animais, aves ou peixes: a ceva.

Um pequeno grupo preocupado com a possibilidade de mais um governo petista, tenta difundir, através dos recursos possíveis, idéias, previsões, fragmentos históricos e causos mal contados na ânsia de denegrir a imagem de Dilma, para tirá-la do jogo.

Da minha de rede de email-amigos não tive uma semana sequer, nesses últimos dois anos, sem mensagens provocadoras sobre a candidata do PT ao governo federal. Nunca vi coisa igual na minha vida. Essa mulher teve a sua história revisada, ilustrada, comentada, inventada como nenhum outro político teve. Nem o Lula.

Quando Luis Inácio Lula da Silva foi candidato à presidência pela quarta vez, tentou-se criar um clima de “acabou o mundo” caso ele vencesse aquela eleição. Quem não se lembra do medo dramatizado pela atriz Regina Duarte contratada para dizer: - tenho "muito medo" de um possível governo Lula.  Assim, como ninguém deve ter esquecido a profecia desenvolvida pelo marketing tucano, lançada por Mário Amato: - se Lula for eleito, 800 mil empresários deixarão o país. O governo FHC levou o terrorismo político ao extremo, afetando a área econômica, colocando o dólar nas alturas e o risco-pais na estratosfera. Quase nos levou à bancarrota. O povo não acreditou. Votou. Deu no que deu. A isca lançada não foi mordida.

Passamos os últimos oito anos vendo a oposição tentando desconstruir os atos presidenciais, classificando o presidente como analfabeto e despreparado, combatendo e contrariando todas as iniciativas do Planalto, criando CPIs para paralisar o andamento do Congresso Nacional e ocupando a mídia para quebrar o encanto Lulista. Nessa ceva, ninguém entrou.

Lula e o PT, pragmáticos e planejadores, construíram uma candidatura. Escolheram uma mulher linha dura, com cara de poucos amigos. A oposição entrou em estado de graça: - essa será uma presa fácil – acreditavam. Vários candidatos oposicionistas se apresentaram, mas Serra não facilitava, nem desocupava a moita. Enquanto isso, Dilma desenvolvia o seu trabalho ministerial, Lula a relacionava com a sua proposta de governo e a transformava na candidata que poderia manter o Brasil nos trilhos. Hoje, Dilma tem mais votos na pesquisa espontânea do que Serra na estimulada. Ganha em todas as regiões do país. Perde em apenas uma capital: Curitiba.

Desesperados, os coordenadores da campanha tucana não sabem mais o que fazer. Colocaram Lula no seu programa eleitoral, imagem e jingle, na tentativa de ludibriar o eleitor. Confundir o voto. Há que ponto chegou. Inacreditável? Pior! Eles se esforçam para não aparecer oposição. Falam tanto dos alicerces econômicos plantados por FHC, mas se recusam em colocá-lo na campanha e exaltar os seus feitos. Quem eles querem enganar?

Lula realizou um grande governo. Testemunhado e aprovado, com ótimo e bom, por oitenta por cento da população. Ele lançou uma candidata que encarnou o seu jeito de governar e o eleitor percebeu isso. Lula não é milagreiro. Não consegue emplacar seu sonho de eleger Mercadante em São Paulo. Dificilmente, conquistará Minas Gerais.

O grande desespero dos tucanos está noutro lugar. O PT fará a maior bancada federal, chegará nos 120 deputados. O PMDB será a segunda, com 100. O PSB, mais de 40. Dilma terá uma maioria parlamentar, consistente e comprometida. Coisa que Lula não teve. O PSDB será a terceira força da casa. Perderá dez cadeiras. Poderá ficar isolado. O DEM e o PPS minguarão, poderão não chegar às eleições seguintes. O que está acontecendo no Brasil é um fenômeno que só será bem entendido no futuro. É esperar para ver. Apesar de petista convicto, não gosto da idéia de governos ou partidos hegemônicos. Mas esta chaga, se acontecer, terá forte ajuda dos tresloucados oposicionistas.  

Bem diz aquele ditado: quem usa cuida. Na guerra suja, os inimigos se valem mais dos defeitos alheios do que das suas próprias qualidades. Uma arma muito usada pela incompetência, que não serve para a vida toda.    

Fonte: Nino Marcatti

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