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Itapira, 23 de Abril de 2024
Artigo
25/01/2014 | Sandro Belli : Animais na piscina?

  

É importante salientar ao leitor a importância de manter a higiene adequada de suas piscinas em relação a diversas doenças que podem acometer humanos e animais. As doenças podem ser consideradas zoonoses (acometem animais e são transmissíveis ao homem - e vice-versa) e antropozoonoses (acometem o humano e são transmissíveis aos animais).

Uma recomendação é não permitir o acesso de animais domésticos (cães e gatos) e silvestres (princi­palmente roedores) às piscinas. Mesmo que estes sejam pertencentes à família - no caso dos animais domésticos - pois, sendo irracionais, eles não tem comportamento higiênico adequado.

Uma das principais doenças veiculadas pela água é a leptospirose, transmitidos pela urina de ratos e roedores silvestres contaminados pela Leptospira. Cães que estejam contaminados pela leptospirose podem transmitir essa doença para os humanos por meio da urina. As águas de chuva podem carregar a Leptospira para a água da piscina, contaminando-a. Existem também outras vias de infecção desta doença tais como: contato da pele ou membrana mucosa com a urina contaminada e, em menor probabilidade, pelo alimento. Portanto, deve­-se condicionar os cães a eliminarem seus dejetos em lugares distantes das piscinas, onde as águas pluviais não os conduza para o tanque de natação.

Existem outras patologias que também podem ser transmitidas ao homem e aos animais tais como:

Micoses (doenças transmitidas por fungos): Candidíase (Candida albicans), que causa dermatites (problemas de pele) e vaginites (mulher), assim como a Malassesia pachidermatis e Malassesia restricta. Estes fungos são resistentes à ação do cloro. A criptococose (causada pelo fungo Criptococcus) é outro fungo, encontrado nas fezes de pombos, de onde podem contaminar o homem, dando horigem a infecção pulmonar e meningite.

Infecções bacterianas principalmente por Staphi­lococcus aureus (bactéria presente em microbiota da pele), que é um dos principais indicadores de poluição de piscinas (muito freqüente em piscinas públicas) e também pelos chamados Coliformes fecais.

Infecções transmitidas por protozoários, como Criptosporidiose e a Giardíase, que podem ser transmi­tidas por meio de fezes contaminadas de cães e gatos. Essas doenças normalmente são mais encontradas em humanos e contaminam os prórpios humanos, sendo muito freqüentes em piscinas públicas onde as crianças defecam na água. Um dos sinais clínicos mais comuns são febre e diarréia.

Infecções parasitárias, “verminoses” (por Toxocara e Ancylostoma), essas são as mais freqüentes encon­tradas em dejetos de cães em solos arenosos pois, em contato com o cloro da água da piscina, são facilmente inativadas.

Medidas preventivas

Se, mesmo diante dos riscos, você decidir permitir que seus animais de estimação entrem na água da piscina, procure assegurar-se de algumas medidas preventivas importantes, como:

-manter a água da piscina sempre muito bem tra­tada, especialmente quanto ao residual de cloro livre (que inativa facilmente a grande maioria dos microor­ganismos);

sempre fazer uma oxidação de choque logo após o uso da piscina pelos animais;

freqüentemente, coletar amostra da água e enviá-la para análise tanto físico-química quanto bacteriológica;

submeter os animais a exames médicos periódicos;

efetuar as vacinas completas (V-8 e anti-rábica) com reforços anuais ou nas áreas epidêmicas a cada seis meses (existem no mercado vacinas específicas contra leptospirose);

retirar comedouros e bebedouros dos animais após as refeições; limpá-los e guardá-los pelo menos duas vezes ao dia, evitando assim que roedores sejam atraidos pelos restos alimentares;

-manter a higiene de seus animais de estimação, fatos que pode evitar o aparecimento de doenças pela eliminação das fezes e outras sujeiras impregnadas na sua pelagem, vermifugá-los semestralmente com remédios anti-parasitários e, quando manifestarem algum problema de saúde, encaminhá-los para um profissional qualificado (médico veterinário) para serem devidamente tratados.

Medidas corretivas

Quando pequenos animais - como ratos, sapos e outros - forem encontrados mortos na piscina, retire seus restos com uma peneira e imediatamente faça uma oxidação de choque com 50ppm (50g/1.000 litros de água) de Cloro Granulado . Se a água apresentar tur­bidez, adicione também a dosagem recomendada do Clarificante e Auxiliar de Filtração. Mantenha a filtração por 6 a 8 horas seguidas para que o cloro atinja todas as partes e equipamentos da piscina.

Fonte: Sandro Belli

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