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Itapira, 19 de Abril de 2024
Artigo
06/10/2014 | Sandro Belli : Picadas de Cobra

Se você mora ou frequenta sítios e fazendas deve estar preparado para um acidente que não é raro acontecer em animais domésticos: as picadas de cobras. No Brasil, existem 70 tipos de cobras venenosas, mas apenas algumas têm importância no caso de acidentes ofídicos. São elas: a cascavel, a jararaca, a surucucu e a cobra coral.

Instituto Butantan, em S. Paulo, é reconhecido internacionalmente por seu trabalho de pesquisa com animais peçonhentos (que possuem algum tipo de toxina).
Segundo o Butantan, acidentes com jararaca são responsáveis por 90,5% dos casos de picadas de cobras no Brasil, seguido de cascavel (7,7%), surucucu (1,4%) e coral (0,4%).
Os cães são picados na região do focinho e pescoço, na maioria dos casos. É bom lembrar que a cobra não ataca um animal gratuitamente, mas apenas quando é molestada. Como os cachorros são animais curiosos e gostam de farejar e caçar tudo que encontram, certamente a cobra é a menos culpada pelo acidente.
A picada de cobra é bastante dolorosa. Suspeitamos do acidente ofídico pelos sintomas, que são característicos, e pela visualização de pequenas marcas de sangue e orifícios na pele do animal. Essas marcas nem sempre são possíveis de detectar, a menos que sejam verificadas imediatamente após a picada.
No caso de jararacas, o inchaço na região da picada é muito evidente e aparece rapidamente. O veneno causa hemorragiase é comum encontrarmos equimoses (manchas de sangue) na pele ou interior da boca do cão. Pode ocorrer grandes áreas de necrose (morte do tecido) em regiões próximas à picada. No caso de cascavéis e corais, o veneno causa sinais neurológicos como incoordenação e visão turva. Pode aparecer sangue na urina de animais picados por cobras.
O cão deve ser atendido prontamente e receber o soro num prazo de 6 a 8 horas, além de tratamento de suporte, com o uso de anti-inflamatórios para conter o inchaço e a dor, antibióticos para evitar infecções, e anti-hemorrágicos. O soro antiofídico para animais NÃO é o mesmo que aquele usado em pessoas. Em caso de acidentes graves, o cão deve ficar internado, recebendo soro para ‘diluir’ o veneno.
Um dado importante é que NUNCA devemos fazer torniquete para evitar que o veneno ‘se espalhe’. Tanto em animais como no homem, no caso de picadas nos membros, se o veneno permanecer concentrado no local, poderá causar gangrena. A chance de sobreviver a uma picada de cobra venenosa é grande, desde que a vítima seja atendida a tempo.
É importante ter em mente que podemos evitar as cobras se entendermos os hábitos desses animais. As cobras entram nas propriedades em busca de alimento, que pode ser ovos de patos ou galinhas, pintinhos e pequenos roedores. Se deixarmos lixo em nossa propriedade, ele atrairá os ratos e, portanto, as cobras.
Há inimigos naturais das serpentes como os gansos e seriemas. As seriemas são aves silvestres e não podem ser criadas em cativeiros. Se os cães da casa ‘souberem’ conviver com os gansos, essa pode ser uma boa opção para manter as cobras à distância, além da limpeza constante da propriedade e imediações.
De qualquer maneira, se o cão frequenta locais de risco, é bastante prudente o proprietário manter o soro antiofídico estocado, para o caso de acidentes. Esse não é um produto que possa ser encontrado rotineiramente nas clínicas veterinárias. Numa emergência, poderá salvar a vida do cão.
Fonte: Sandro Belli

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