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Artigo
05/04/2015 | Valeria Vassoler: Ronco: um sinal de alerta para uma doença grave

Ronco frequente e alto à noite, sonolência excessiva durante o dia, isso já pode ser sinal, em 90% dos casos, de Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), doença crônica, evolutiva e com alto grau de mortalidade.

Existem dois tipos de apneia do sono, a Central – causada por uma disfunção do sistema nervoso central, e que é mais rara – e a Obstrutiva – mais comum e que pode ter uma das causas na obesidade.

A apneia obstrutiva é marcada pelo fechamento da via aérea por alguns períodos durante o sono, em função de vários fatores (por exemplo, flacidez dos tecidos da garganta), fazendo com que a pessoa pare de respirar por um período de, no mínimo, 10 segundos.

Sintomas

Alguns sinais são típicos deste tipo de síndrome – roncos, paradas visíveis da respiração durante o sono e sonolência excessiva durante o dia. Outros sintomas podem estar presentes como:

• acordar com sensação de sufocamento

• despertar frequente durante a noite

• refluxo gastroesofágico

• boca seca ao acordar

• sono não reparador, o que provoca a sensação de fadiga diurna

• perda progressiva da memória e dificuldade de concentração

• sudorese noturna

• diminuição da libido

• impotência sexual

• dor de cabeça matutina

• depressão

• irritabilidade

Como diagnosticar?

Fique atento se pessoas que dormem ao seu lado começam a reclamar frequentemente do seu ronco; se você for obeso, isso é mais um sinal de alerta: procure logo um especialista para o diagnóstico correto.

O exame que determina a doença é chamado de polissonografia, que consiste no registro de diversos pa­râmetros fisiológicos durante o sono – atividades cerebral e muscular, movimentos oculares, respiração, teor de oxigênio, eletrocardiograma, registro de ronco e posição corporal, entre outros.

Estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) detectou, por meio da polissonografia, que 38% da população de São Paulo possuem este tipo de distúrbio.

Um problema de saúde pública

O que vem sendo percebido pela classe médica é que a apneia do sono já pode ser considerada um pro­blema de saúde pública, pois é uma doença frequente e com alta taxa de mortalidade, devido ao aumento do risco de hipertensão arterial (pressão alta), acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, acidentes de trânsito (em razão da sonolência excessiva provocada pelas noites mal dormidas), entre outros problemas.

Segundo a Federação Internacional de Diabetes, 40% dos portadores de apneia são diabéticos. Contudo, quando a SAOS é tratada desde o início, pode diminuir a glicemia de jejum e facilitar o controle do diabetes no longo prazo.

Outra doença que pode vir associada à apneia é a obesidade, já que a qualidade do sono é fator determi­nante tanto para o stress quanto para a depressão, já que pessoas que não dormem bem não conseguem se exercitar. Logo, ficam obesas com mais facilidade.

Tipos de tratamento

O objetivo de tratar a apneia do sono é fazer com que as vias respiratórias sejam desobstruídas. Em muitos casos, o simples emagrecimento faz com que a doença desapareça.

“Considerado o tratamento “ouro” para a apneia grave, a utilização de uma máscara conectada a um com­pressor de ar (CPAP), provoca pressão positiva que força a passagem de ar por meio da via aérea superior durante à noite. Para tipos de apneia leve ou moderada, existem aparelhos intraorais (que posicionam a mandíbula mais para frente, desobstruindo a passagem do ar)”, explica a neurofisiologista do Einstein, Dra. Stella Tavares.

Para pacientes que não tiveram bons resultados com o uso de CPAP ou que possuem alguma anormalidade anatômica, pode se feito um tratamento cirúrgico para remover obstáculos e corrigir esses distúrbios.

Dicas para amenizar os sintomas

• perder peso

• evitar bebidas alcoólicas no mínimo quatro horas antes de dormir

• evitar dormir de costas (barriga para cima)

• não fazer refeições pesadas antes de dormir

• evitar bebidas cafeinadas, no mínimo quatro horas antes de dormir

• parar de fumar

• não comer no meio da noite

• procurar manter um horário relativamente constante para dormir e acordar

Fonte: Hospital Albert Einsten

Fonte: Valeria Vassoler

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