Carregando aguarde...
Itapira, 19 de Abril de 2024
Artigo
23/08/2010 | Viva os cinco a cinco! A missão.

É certo que a classe política brasileira nos cora de vergonha. Pouca gente duvida de que a maioria dos ocupantes dos cargos legislativos e executivos busca a locupletação à custa do erário. É, portanto, cabível impingir-lhes toda sorte de designação criminosa para que sejam passíveis das punições aplicáveis, sem a égide da prescrição. É justo generalizar?

Toda generalização é burra e preconceituosa. Lembremo-nos do sentimento de que gente boa e gente ruim têm em todo lugar: empresários, trabalhadores, artistas, religiosos, profissionais liberais, servidores públicos e até as “donas de casa” merecem atributos positivos e negativos. Algumas categorias, pelas circunstâncias facilitadas ou chamativas, agregam mais arapuqueiros e ganham visibilidade maior.  Não bastasse isso, os políticos são extraídos do seio da nossa sociedade, aquela que pertencemos ou preparamos, e são escolhidos por nós. Como generalizar se somos ao mesmo tempo fornecedores da matéria prima e coniventes nos seus acessos? Criticar a classe política é dever cidadão. Escolhê-la, também.

Além de atuarmos como cidadãos dignos, todos os dias, para que possamos construir uma sociedade alicerçada nos valores e ideal planejados, devemos denunciar a politicagem e as ações decorrentes e jamais escolher ou indicar um candidato ao legislativo ou executivo que não traduza o nosso anseio por um mundo melhor. Não vale a assunção do engodo eleitoral. Devemos respeitar as indicações da nossa consciência e da nossa inteligência. 

Sempre fui contra a crucificação desenfreada, desmedida e generalizante dos políticos. Rejeito a afirmação de que nenhum vale a “cueca suja” que usa.  Temos políticos que prestaram e prestam grandes serviços à comunidade e exercitam suas funções com dignidade ímpar. Trabalham, estudam e fiscalizam diuturnamente os projetos e as ações voltadas para o bem comum. Garantem o estado de direito, a liberdade e a governabilidade. É idiotice imaginar este mundo sem eles. A nossa interferência deve buscar, cada vez mais, a qualificação política, que depende, exclusivamente, da nossa escolha.

No início da atual legislatura dei “vivas” aos “cinco a cinco” provocados pelos eleitores itapirenses à Câmara Municipal. Dividimos ao meio os dois grupos antagônicos, dissemos: basta de picuinhas, vamos aos resultados. Aprendam a ser políticos!   De lá para cá, muita coisa aconteceu, muitos embates, uns produtivos e benéficos, outros nem tanto, sobraram alguns desrespeitos. O saldo está positivo. A esmagadora maioria dos projetos foi aprovada sem nenhuma alteração, outros corrigidos, pouquíssimos rejeitados. A Câmara Legislativa começou assumir, finalmente, a responsabilidade da sua investidura. Um fato inédito!

Depois de abrir as sessões para a Rádio Clube de Itapira, a presidência atual da casa colocou-as, ao vivo, na Internet, transmitindo som e imagem. Paulo Andrade promete para breve disponibilizar os vídeos das sessões anteriores. Arquivos que consultaremos sempre que formos alertados ou estivermos desejosos de averiguação. Ação cidadã na essência.

É inegável o avanço político que essa iniciativa propiciará. O eleitor poderá acompanhar o desempenho do seu representante, da sua casa, da forma que lhe convier. Vendo os comportamentos e trejeitos, de cada um, diante das diversidades de pensamento. Poderá acionar as redes sociais e reunir um monte de gente para assistir as evoluções e decisões de seu interesse ou os espetáculos vexatórios que possam ser produzidos. Um vereador poderá, num dia, triplicar a sua aprovação, no outro, burramente, ser banido do cenário político Itapirense. As sessões terão, seguramente, uma nova dimensão. Já é possível perceber o processo de adaptação estampado na edilidade por conta da nova tecnologia. Demonstram desconcertados com a escâncara alcovitice.                  

No horário das sessões estima-se que sessenta por cento dos internautas itapirenses estarão conectados na Internet navegando a esmo ou pelos sites costumeiros.  Com o tempo, muitos adquirirão o hábito da passadinha pela Câmara. Diante de situações especiais ou de interesse do grupo que representa poderão congestionar o sistema. Recomendo, portanto, atenção técnica para que a dificuldade de acompanhamento não seja, futuramente, confundida com censura.

Parabenizo a Câmara Municipal, indistintamente. Seus resultados devem ser atribuídos, sempre, à instituição. Deles participam todos os vereadores, independentemente do voto concedido. Atuando de acordo com as suas convicções e representatividade, sem interesses mesquinhos, o sim e o não do vereador assumem valores proativos, diferem pela integração majoritária ou minoritária. O resto é pura papagaiada.  

Valeu “cinco a cinco”. CQD!     

Fonte: Nino Marcatti

Comentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.

Outros artigos de Nino Marcatti
Deixe seu Comentário
(não ficará visível no site)
* Máx 250 caracteres

* Todos os campos são de preenchimento obrigatório

1036 visitantes online
O Canal de Vídeo do Portal Cidade de Itapira

Classificados
2005-2024 | Portal Cidade de Itapira
® Todos os direitos reservados
É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo deste portal sem prévia autorização.
Desenvolvido e mantido por: Softvideo produções