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Itapira, 29 de Mar�o de 2024
Notícia
05/07/2015 | Casos de sífilis apresentam evolução e preocupam autoridades sanitárias

 A equipe do setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde mal teve tempo de festejar a volta à normalidade com os casos de dengue (veja nesta página) e já está às voltas com um outro problema que começa a preocupar autoridades de saúde de todo o Estado de São Paulo, o aumento do número de casos de sífilis, que em nível estadual, cresceu, segundo dados publicados recentemente pela Secretaria Estadual de Saúde, mais de 600% nos últimos seis anos. Se em Itapira esta proporção não condiz com a realidade local, ano a ano tem ocorrido elevação no número de casos registrados e, o que é pior, com muitos casos de mães que passaram a doença para seus bebês, a chamada sífilis congênita.


Desde 2010 foram 21 crianças infectadas desta forma. O número total de casos envolvendo outros grupos que não de gestantes e crianças (homens e mulheres) saltou para 156 até o presente momento, mas pode ainda ser maior, segundo a enfermeira Josemary Apolinário, chefe da VE. “Os dados deste ano ainda estão em fase de compilamento”, disse.
Josemary entende que o trabalho realizado na rede pública municipal tem ajudado a turbinar os números. “Quando diagnosticada a doença, imediatamente tem início a busca do parceiro, que tem grandes riscos de também ter contraído a doença”, justificou. Apesar dos números expressivos, a Secretaria Municipal de Saúde não lançou nenhuma campanha específica. “Temos concentrado nossa atenção no pré-natal, para evitar que as gestantes possam infectar as crianças. Quando detectada a doença, imediatamente realizamos o tratamento. Além disso, em toda rede básica disponibilizamos o teste rápido para a sífilis. Se a pessoa acusa positivo no teste, passará por um outro exame, mais específico, conhecido como VDRL, no qual são definidas informações importantes que levem à cura definitiva”, relatou.
 
Remédio
 
Diferentemente de outros municípios brasileiros, Itapira tem a Benzetacil em seu estoque regular. Trata-se do medicamento mais indicado para este tipo de tratamento e cuja falta em muitas cidades foi objeto de uma reportagem do Fantástico, da Rede Globo, no domingo passado. Josemary adverte que para o tratamento dar resultado deve ser seguida a prescrição médica de forma rigorosa. “Não adianta por exemplo tomar uma dose e pular a outra. Não fará efeito”, advertiu.
 
 
 
Saiba Mais:

O que é Sífilis?

Sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum.
A sífilis é um mal silencioso e requer cuidados. Após a infecção inicial, a bactéria pode permanecer no corpo da pessoa por décadas para só depois manifestar-se novamente.

Qual é a causa?

A sífilis é causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, que é geralmente transmitida via contato sexual e que entra no corpo por meio de pequenos cortes presentes na pele ou por membranas mucosas.

Quais são os sintomas?

A sífilis desenvolve-se em diferentes estágios, e os sintomas variam conforme a doença evolui. No entanto, as fases podem se sobrepor umas às outras. Os sintomas, portanto, podem seguir ou não uma ordem determinada. Geralmente, a doença evolui pelos seguintes estágios: primário, secundário, latente e terciário. Sífilis primária

Sífilis Primária

A sífilis primária é o primeiro estágio. Cerca de duas a três semanas após o contágio, formam-se feridas indolores (cancros) no local da infecção. Não é possível observar as feridas ou qualquer sintoma, principalmente se as feridas estiverem situadas no reto ou no colo do útero. As feridas desaparecem em cerca de quatro a seis semanas depois, mesmo sem tratamento. A bactéria torna-se dormente (inativa) no organismo nesse estágio.

Sífilis Secundária

A sífilis secundária acontece cerca de duas a oito semanas após as primeiras feridas se formarem. Aproximadamente 33% daqueles que não trataram a sífilis primária desenvolvem o segundo estágio. Aqui, o paciente pode apresentar dores musculares, febre, dor de garganta e dificuldade para deglutir. Esses sintomas geralmente somem sem tratamento e, mais uma vez, a bactéria fica inativa no organismo.

Sífilis latente

Esse é o período correspondente ao estágio inativo da sífilis, em que não há sintomas. Esse estágio pode perdurar por anos sem que a pessoa sinta nada. A doença pode nunca mais se manifestar no organismo, mas pode ser que ela se desenvolva para o próximo estágio, o terciário – e mais grave de todos.

Sífilis terciária

Este é o estágio final da sífilis. A infecção se espalha para áreas como cérebro, sistema nervoso, pele, ossos, articulações, olhos, artérias, fígado e até para o coração. Aproximadamente 15 a 30% das pessoas infectadas não tratadas desenvolvem o estágio terciário da doença.

Sífilis congênita

A sífilis pode, ainda, ser congênita. Nela, a mãe infectada transmite a doença para o bebê, seja durante a gravidez, por meio da placenta, seja na hora do parto. A maioria dos bebês que nasce infectado não apresenta nenhum sintoma da doença. No entanto, alguns podem apresentar rachaduras nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Mais tarde, a criança pode desenvolver sintomas mais graves, como surdez e deformidades nos dentes.

Tratamento

Quando diagnosticada precocemente, a sífilis não costuma causar maiores danos à saúde e o paciente costuma ser curado rapidamente.

O tratamento preferido dos médicos é feito à base de penicilina, um antibiótico comprovadamente eficaz contra a bactéria causadora da doença. Uma única injeção de penicilina já é o bastante para impedir a progressão da doença, principalmente se ela for aplicada no primeiro ano após a infecção. Se não, o paciente poderá precisar de mais de uma injeção.

A penicilina, aliás, é o único tratamento recomendado por especialistas para mulheres grávidas diagnosticadas com sífilis. Mesmo que o tratamento nesses casos seja bem-sucedido, o bebê também deverá ser tratado com antibióticos depois de nascer.

Durante o primeiro dia de tratamento, o paciente poderá sentir aquilo que os médicos chamam de reação de Jarisch-Herxheimer, que inclui uma série de sintomas, como febre, calafrios, náuseas, dores nas articulações e dor de cabeça. A boa notícia é que esses sintomas não costumam demorar mais do que um dia.

Durante o tratamento, o paciente deverá fazer visitas regulares ao 
médico para garantir que está tudo bem.

É necessária a realização de exames de sangue de acompanhamento após 3, 6 , 12 e 24 meses para garantir que não há mais infecção. O médico poderá solicitar, também, que o paciente faça um exame específico para HIV, para garantir que o paciente não desenvolverá complicações mais graves por causa do vírus da Aids. A atividade sexual deve ser evitada até que o segundo exame mostre que a infecção foi curada. A sífilis é extremamente contagiosa por meio do contato sexual nos estágios primário e secundário.

 
Fonte: Assessoria de Imprensa PMI

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