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Itapira, 18 de Abril de 2024
Notícia
29/01/2015 | Conrado Coradi Lino alcança índices para o Pan

 

A excelente performance no Open de Natação, disputado em dezembro no Rio de Janeiro-RJ, colocou o nadador Conrado Coradi Lino, 20 anos, entre as feras da modalidade. Com tempos que estão dentro do índice para os Jogos Panamericanos de Toronto, no Canadá, definidos para o mês de julho deste ano, o atleta só não tem a vaga porque apenas os dois primeiros colocados de cada prova é que garantem um lugar na equipe.

Conrado nasceu em Lisboa, capital de Portugal, mas veio para o Brasil com dois anos. Naquela época, a decisão tomada por sua mãe, Flávia Coradi, de colocar os filhos para frequentarem aulas de natação, seria o ponto de partida para uma carreira de muito treino, dedicação e resultados. “Eu não achava correto frequentar festas de aniversário em locais onde havia piscina e ver as outras crianças nadando e eu tendo que cuidar dos meus, então decidi colocá-los para aprender a nadar”, lembra a mãe de Conrado.

O menino tomou gosto pela coisa e, aos cinco anos, já tinha em mente o que queria para o futuro. “Falei pra minha mãe que queria ser campeão olímpico”, conta Conrado. E destino estava traçado. Conrado iniciou os treinamentos com o tio Ricardo Antonio Martiniano, na Academia Free Play, de Mogi Mirim-SP, aos sete anos e de lá para cá não parou mais. “O Ricardo, além de tio, é professor e treinador”, conta o nadador, que cursa o 3º ano de Educação Física à distância no Centro Universitário Claretiano.

Hoje, após muito treino e dedicação, Conrado Lino já compete com os principais nomes da natação nacional e, durante o Open de dezembro viveu momentos importantes na carreira. Foi o quinto colocado na final dos 400 metros medley com o tempo de 4min34seg43 e o sexto nos 200 metros medley, marcando 2min04seg87.

Suas marcas são melhores que os índices definidos pela CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos). Nos 400 medley o índice é de 4min35seg99 e nos 200 medley o tempo de corte é 2min07seg29. Entretanto, como apenas os dois primeiros de cada prova garantem vaga, Conrado aguarda uma nova oportunidade no Troféu Maria Lenk, de 06 a 11 de abril, em local ainda indefinido.

Dedicação

Para chegar onde está e seguir em frente, porém, a vida do atleta não é moleza. São horas de treino, alimentação regrada e acompanhamento de profissionais capacitados. Além do tio-treinador, Conrado conta com o acompanhamento do pneumologista André Ruvigatti, do psicólogo Luis Orione, da nutricionista Marta Rochelle e da fisioterapeuta Fernanda Silveira.

O custo é bancado por patrocinadores e pela abnegação da família. “Tenho o apoio dos patrocinadores, além do ‘mãetrocínio’, ‘tiotrocínio’ e ‘amigostrocínio’”, brinca ao se referir aos patrocinadores Gran Plus, MAG e Nutrimundo, aos apoiadores Clínica Vitalis e Laboratório 22 de Outubro e ao reforço financeiro que vem da família e amigos.

O trabalho desempenhado pelo tio Ricardo também não é esquecido. “Meu tio é uma pessoa que muita gente classificaria de louco, não é pra qualquer um participar de competições em todas as partes do país, defendendo uma academia de uma cidade do porte de Mogi Mirim e obtendo resultados como os que seus atletas conseguem”, elogia.

Hoje, com o apoio do professor de Educação Física e secretário de Esportes e Lazer de Itapira, Luiz Domingues, treina nas piscinas do Clube Mogiano e, quando necessário, na piscina do Tucurão, cedida pela Sejel (Secretaria de Esportes, Juventude e Lazer), de Mogi Mirim. “Mas antes não era fácil, eu alcançava bons resultados mesmo treinando em uma piscina de 12,5 metros, enquanto todos treinavam em piscinas de 25 e 50 metros”, lembra.

Apesar de ter participado do projeto Gustavo Borges, Conrado tem ídolos em outras modalidades. “Admiro o Oscar, do basquete, e o Giba, do vôlei, que conseguiram, através de muito treino e dedicação, se destacarem em suas modalidades”, explica. “O Giba, por exemplo, nunca teria chance no vôlei não fosse sua dedicação porque é baixo para esse tipo de esporte”.

O norte-americano Michael Phelphs, que conquistou 19 medalhas olímpicas, sendo oito de ouro em uma só olimpíada, é outro que merece elogios. “Muita gente não entende os motivos que o levaram a cometer os atos que cometeu recentemente, mas se levarmos em consideração que um atleta da envergadura dele ter que encerrar a carreira aos 30 anos e não ter como ocupar aquele tempo que dedicava aos treinos e com vida útil pela frente, iremos entender seus motivos”, releva.

 

Fonte: Da Redação do PCI

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