Carregando aguarde...
Itapira, 19 de Abril de 2024
Notícia
30/03/2015 | Editoriais A Cidade: Greve dos professores

Os professores da rede estadual estão em greve. A pedida inicial deles é de 75,33%, apesar das negociações não terem sido abertas, o sindicato da categoria alega que o estado já acenou com 10,5%. Uma discrepância de módicos sessenta e cinco pontos percentuais.

A desconformidade brutal, nessa greve, não está apenas entre a pedida sindical e o aceno governamental, está também nos números da greve. Enquanto a Apeoesp sustenta que 59% da categoria aderiu à greve, para o governo a adesão não passa de 2,6%. Eis o desencontro instalado.

Na pauta de reivindicação, como em todas as greves, além da recomposição salarial e da luta por ganho real, há itens que enfatizam a busca pela melhoria da qualidade de ensino. Uma qualidade que terminada a greve, não aparece. Os números das avaliações de desempenho são desalentadores. É certo que a gestão do sistema tem parcelas de culpa, mas cabe perguntar: o que o professor tem feito, efetivamente, para mudar o rumo do ensino público e ajudar a transformar as pessoas que nada tem a ver com as falhas das políticas públicas para a educação? Obviamente, nem todos os professores se enquadram nessa crítica, mas a quantidade é irrisória para as nossas necessidades.
 
O discurso que não se verifica está distanciando, ao longo dos anos, a comunidade da causa dos profissionais de educação. As greves do setor são vistas cada vez mais com total indiferença. Os pais esperam que os professores consigam seus intentos o mais rapidamente possível, mas sabem, de antemão, que o desejo de melhorar a qualidade continuará preso nos folhetos e nas notas oficiais para a imprensa.
 
Pode ser pior? Com certeza! Segundo o INEP, pelo quarto ano seguido é cada vez menor a quantidade de estudantes que procuram cursos de licenciatura. Considerando que as escolas públicas vêm encontrando dificuldades para preencher todas as vagas, a redução de estudantes interessados constrói um futuro sombrio para a educação brasileira.
 
Quem sabe, o apagão de professores provoque os governantes a valorizar mais a carreira para que a remuneração se torne atrativa e reverta o desinteresse crescente dos estudantes em ser professor.
 
Pior que um ensino de baixa qualidade é a ausência constante de professores!
Fonte: Editoriais A Cidade

Comentários, artigos e outras opiniões de colaboradores e articulistas não refletem necessariamente o pensamento do site, sendo de única e total responsabilidade de seus autores.

Veja Também
Deixe seu Comentário
(não ficará visível no site)
* Máx 250 caracteres

* Todos os campos são de preenchimento obrigatório

999 visitantes online
O Canal de Vídeo do Portal Cidade de Itapira

Classificados
2005-2024 | Portal Cidade de Itapira
® Todos os direitos reservados
É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo deste portal sem prévia autorização.
Desenvolvido e mantido por: Softvideo produções