A Câmara Municipal de Itapira aprovou nesta semana o Plano Municipal de Mobilidade de autoria do poder executivo. Trata-se de um poderoso instrumento de gestão pública para orientar as ações, os projetos e os investimentos em mobilidade urbana instalada ou à que vier a ser incorporada ao município.
Para o cidadão menos atento, a vida da cidade tende a se comportar do jeito que Deus quer. As coisas vão acontecendo, as necessidades vão pautando as ações governamentais e desta forma, tudo acontece de maneira natural sem necessitar grandes preocupações. Não, não é para ser assim!
Está mais do que na hora de se entender a cidade como um lugar reservado para as pessoas. Dito desta maneira, o raciocínio parece óbvio e talvez ninguém venha a discordar. Mas não é. A cidade ainda vê o veículo automotor com mais privilégios que a vida humana.
A Política Municipal de Mobilidade, ora aprovada, estabelece princípios que demorarão a serem assumidos integralmente pelo poder público e os empecilhos, provavelmente, serão colocados pelos próprios moradores cegados pelo egoísmo, pela comodidade e pelo consumismo desenfreado. Mas a partir de agora o cidadão itapirense consciente passa a ter ferramentas. A administração, o ditame legal.
Eis, então, uma lei que depende de todos. É isso que queremos?