Os astrônomos estão cada vez mais convencidos de que há vida fora do planeta Terra. Nesta semana, a missão Kepler, da Nasa, confirmou a descoberta do primeiro planeta com dimensões semelhantes às da Terra e distante da estrela Kepler-452 o suficiente para que ocorra água líquida em sua superfície, condição básica para a existência de vida. O planeta descoberto foi batizado de Kepler-452b. A Nasa anunciou também, a descoberta de outros 11 planetas girando em torno das suas estrelas dentro das zonas classificadas como habitáveis.

 

A estrela Kepler-452 com seus seis bilhões de anos é mais antiga que o Sol. O planeta descoberto é 60% maior que a Terra, sua órbita é 5% mais longa e seu ano é de 385 dias.

 

A sonda Kepler é um telescópio espacial, lançado em 2006, com a missão de buscar pequenos planetas habitáveis. Astrônomos estimam que a Via Láctea contenha mais de 400 bilhões de estrelas, cada uma, em média, com 1,6 planetas em suas órbitas. Estima-se, ainda, a existência de mais de 170 bilhões de galáxias no Universo Observável, algo em torno de um sextilhão de estrelas.

 

O telescópio Kepler detecta apenas uma pequena fração de todos os planetas existentes na região do céu para o qual ele está apontado, em torno de 0,25% de toda a abóbada celeste. Apenas os sistemas que estejam alinhados de modo que o planeta passe à frente da estrela dele em nossa linha de visada é que são detectados. O registro é feito quando o planeta ao passar na frente, a estrela dá uma piscadela. As imagens coletadas são combinadas e processadas em computadores sofisticados. A próxima tarefa do Kepler será encontrar planetas habitáveis mais próximos.