Soriani com Alonso Carmona na Mini Maratona de Itapira
O tempo passa, mas não apaga da memória de Luis Francisco Soriani, 56, as boas lembranças do seus tempos de aluno do IEEESO (Instituto de Educação Estadual Elvira Santos Oliveira”. E, em meio a tantas recordações, algumas especiais, que incluem a convivência com o professor José de Oliveira Barretto Sobrinho, com quem, como afirma, não teve apenas aulas, mas também lições de vida.
“Tive não apenas aulas com o professor Barretto, mas sim lições de vida, sobrevivência. O Barretto a cada dia nos surpreendia com sua postura firme, com autoridade dos grandes mestres”, frisa. “Falar que o Barretto era professor só de Educação Física não tem lógica alguma. Ele nos ensinava sobre a vida em família, em equipe, vida cidadã e cobrava de cada um a honestidade e o respeito aos valores do esporte. Tenho muita saudade dos tempos de aluno do professor Barretto”.
Formado em Educação Física pela Puccamp (Pontifícia Universidade Católica de Campinas), com curso de pós-graduação em Educação Física Escolar pela Unicamp(Universidade Estadual deCampinas) e Metodologia do Treinamento Científico pela Uni- FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), Soriani afirma que até hoje aplica os ensinamentos que recebeu do mestre. “Os valores mudaram muito e vivemos um momento muito crítico, principalmente na escola pública hoje, mas das lições que tive com o ‘seo’ Zé ainda procuro destacar, como o respeito a si mesmo e aos companheiros, a conservação dos materiais escolares, o respeito às regras e valores do esporte, a superação das dificuldades e a cooperação e espírito desportivo”, lembra.
Para seguir na carreira que abraçou, Soriani confirma que teve inspiração em Barretto. “Inspirei- me no professor Barretto porque tinha uma forte ligação com o atletismo e não conseguia ver essa modalidade desconectada de sua figura”, reconhece.
E, depois de formado, teve a oportunidade de trabalhar ao lado daquele que norteou sua escolha profissional. “Trabalhei com ele no Departamento de Esportes da Prefeitura e na Clínica de Repouso Santa Fé”, recorda. “Nas duas oportunidades como estagiário de Educação Física e foi uma extensão de conhecimentos em áreas distintas, o esporte escolar e tratamento terapêutico psiquiátrico”. Atualmente Soriani é professor de Educação Física na Escola SESI- Itapira e na Escola Estadual Antonio Caio, além de ser personal trainer.
Como atleta Soriani brilhou em várias provas de pedestrianismo e participou de eventos importantes em âmbito nacional. “Participei de provas pedestres das mais variadas e as principais delas talvez tenham sido a São Silvestre e a Maratona do Rio, participei também dos Jogos Universitários, Jogos Regionais da Zona Leste nos cinco mil, dez mil e meia maratona, da Meia Maratona Cândido Moura e de maratonas de revezamento”, coloca. “Meus melhores resultados técnicos foram 32min50 nos Jogos Regionais de Piracicaba, conquistando a medalha de prata em 1978 e 2h44min na Maratona do Rio de Janeiro em 1985”.
Soriani, Renatinho, Carpi e Osmar Marques em Piracicaba
Soriani como guia de Glauco Lauri em prova pedestre
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