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Itapira, 25 de Abril de 2024
Notícia
20/01/2012 | Entrevista coletiva com Barros Munhoz

 

O deputado Barros Munhoz concedeu uma entrevista histórica na tarde desta sexta-feira, 20, em seu escritório político de Itapira. O assunto era a eleição para prefeito e vereadores deste ano. Participaram da entrevista coletiva os jornais “A Cidade” e “Gazeta Itapirense” e o Portal Cidade de Itapira. Outros órgãos de imprensa da cidade foram convidados, mas não compareceram.

 
Munhoz, nos seus trinta e cinco anos de vida pública comemorados em 2011, nunca convocou a imprensa de Itapira e se colocou à disposição dos entrevistadores como nessa oportunidade. Indagado sobre esse fato, Munhoz esclareceu que as circunstâncias anteriores eram diversas. 
 
“A imprensa da cidade tinha outro comportamento, tinha a Tribuna de um lado e A Cidade de Itapira do outro. Graças a Deus que hoje posso reunir vocês para um bate-papo dinâmico. Penso inclusive em fazer isso com o programa de rádio”, esclareceu.
 
Munhoz abriu a entrevista agradecendo a presença de todos e fez os seguintes esclarecimentos:
 
a) “Já disse em outras oportunidades, mas não custa repetir. Quero que fique bem claro. A decisão de não ser eu o candidato a prefeito de Itapira deve-se à minha ação parlamentar e à estrutura que construí como deputado, líder do governo e presidente da Alesp. Sei o quanto eu posso ajudar Itapira. Só preciso de um prefeito que tenha interesse na minha ajuda.”    
 
b) “O pré-candidato do grupo já foi anunciado, vocês já estão sabendo, é o Paganini. Não foi um nome que saiu do dia para a noite. Nós estamos discutindo os nomes há muito tempo. Felizmente temos bons nomes, mas uns tinham motivos particulares, outros profissionais, alguns não queriam, e nessa discussão sobressaiu o nome de José Natalino Paganini.”
 
c) “Temos uma boa equipe. Quando iniciamos a reestruturação partidária não tínhamos mais do que 10 pessoas interessadas em se candidatar. Hoje temos mais de 100. A maioria concorrendo pela primeira vez. E o mais importante: temos muitos jovens.”
 
d) “Entendemos que o candidato do nosso grupo tem chances reais de vencer a eleição. Além ser um bom nome e termos uma boa estrutura. O povo sentiu que este governo agoniza, sem ter trazido para Itapira uma única indústria, pouco fez na área habitacional, piorou o sistema de saúde, deu inúmeras demonstrações de que a cidade e o povo não são os mais importantes para eles. Eles não estão no governo para o bem de Itapira. Estão no governo para o bem deles. Mas que fique claro, temos grandes chances de vencer a eleição, mas só vamos conseguir se estivermos organizados e unidos.”   
 
 
Feitas essas considerações, Barros Munhoz abriu para a s perguntas. 
 
1) Como estão as tratativas para a definição do pré-candidato a vice-prefeito?
BM: Vários nomes foram colocados. Hoje, temos alguns nomes definidos e entre eles sairá o pré-candidato. O importante é que esse nome complete a nossa chapa, que agregue qualidade.
 
2) Fala-se muito num acordo mantido entre o senhor e Campos Machado do PTB. É verdadeiro esse acordo?
BM: Sim, tenho um compromisso nesse sentido com Campos Machado, meu grande amigo. Devo muito a ele. Ele é o grande articulador político da Assembleia. Foi ele que conseguiu os votos suficientes para me eleger presidente antes que eu tivesse o apoio do meu próprio partido. O vice poderá sair do PTB, sim. Mas caso não tenhamos no PTB um nome de consenso e que complete a chapa como é o desejo do grupo, aí certamente o nome virá de outro partido e Campos Machado saberá entender a nossa decisão. Como amigo eu não teria dificuldade de conversar com ele a esse respeito, se precisar. Temos nomes no PTB que estão nessa pequena lista que falei anteriormente.
 
3) Foi ventilado esses dias o nome de Maria Ângela Nogueira como pré-candidata a vice, sentimos que caiu muito bem na cidade o nome dela, até onde se fundamenta essa informação?
BM: É um grande nome, assim com os outros. Por hora não decidimos nada a respeito do vice. Espero que até o carnaval ou logo em seguida possamos anunciar o nome do vice.
 
4) O nome de Maria Ângela está nessa pequena lista de candidatos? Ela estaria no grupo que não aceitariam a candidatura?
BM: Todos os candidatos a vice aceitariam ser candidatos. Ela pode ser candidata, sim.  Mas eu não falei com ela sobre isso.
 
5) Nos seus trinta e cinco anos de vida pública o número de vitórias é superior ao número de derrotas. Sabemos que a evolução da civilização humana é calcada mais nas derrotas do que nas vitórias. O que o político Barros Munhoz aprendeu com as derrotas de 2004 e 2008?
BM: Aprendi a rever as minhas atitudes. Sei que cometi erros que hoje, com a cabeça que eu tenho, eu não os cometeria. As vitórias nos dão a sensação de que tudo o que fazemos está certo. Na derrota, percebemos que não era bem assim. Além disso, o amadurecimento me fez ver o mundo de forma diferente. Mas tem uma coisa importante que eu quero que vocês saibam, meu filho, no dia da eleição em 2004, me disse, “vou votar no Zé Alair, vou torcer e quero que ele ganhe, mas a melhor coisa que poderia acontecer para o senhor seria a derrota dele. Ele disse. Tá na hora do povo de Itapira ter outro parâmetro para comparar.” Então, hoje, diante do que está acontecendo com esse governo, muita coisa que eu fazia e que as pessoas criticavam, agora estão vendo com outros olhos. Eu entendo que naquele momento estava na hora de interromper um ciclo.”       
 
6) O prefeito Toninho Bellini não teve um bom ano de 2011. Este ano a tendência é que a situação fique mais complicada para ele. Guardada as devidas proporções, seus dois últimos anos foram complicados. O senhor vê alguma equivalência entre os dois momentos?
BM: Não. Acho que são situações distintas. Salvo pela atuação do Ministério Público que deve ser caso de estudo pela forma que agiram contra a minha administração. Aliás, isso deverá ser caso de estudo do que aconteceu naquela época, assim com deverá ser estudado o que não acontece agora. Mas há uma enorme diferença. Terminei o meu mandato com 82% de ótimo e bom. No entanto o meu candidato não passava de 30%. Eu apesar de tudo, não enfrentei protesto popular. Enfrentei uma oposição ferrenha. Sempre frequentei todos os ambientes, nunca tive dificuldade. Ele tem e revela que tem medo do povo. Prefeito de Itapira que não vai à procissão de São Benedito, à Festa da Nonna (...) realmente não gosta de povo. Ou então tem medo.
 
7) Em caso de vitória do seu candidato como ficaria a Esportiva?
BM: O fundador da Esportiva foi o meu pai. Acompanhei a Esportiva desde criança. Toda história da Esportiva eu vivi, torci fanaticamente. O que eu sempre fui contra é priorizar o futebol profissional com recurso público. Acho isso um absurdo. Aliás, é tão evidente que eles não querem a minha ajuda em nada, nem para a Esportiva eles me pediram. Eu poderia buscar recursos nas empresas, com o relacionamento que eu tenho. A razão da anunciada derrota deles é que o povo não aceita mais isso. Ninguém tem o direito de fazer essas coisas. A população quer um prefeito que trabalhe comigo. 
 
8) Nós estamos prestes a perder o trabalho iniciado pelo Programa Segundo Tempo e colocar quase 2 mil crianças na rua. O que poderia ser feito para evitar isso?
BM: Eu falei ontem com o secretário Herman, da Educação, e ele se colocou à disposição. Eu preciso ser procurado. Ninguém me procurou. (Ao ser informado que o grupo que organizou o Segundo Tempo em Itapira tem ligações com o PCdoB e disposição de apoiar Alberto Mendes) Eu não tenho nenhum problema em fazer algo com esse grupo mesmo eles apoiando o Alberto Mendes.  Eu estou a disposição, se o pessoal do Segundo Tempo quiser conversar comigo ainda nesse final de semana.
 
9) A respeito das pontes de Eleutério. Como está a situação?
BM: Esse é o ofício que foi mandado para o Coronel da Defesa Civil em 16/01/2012 em que encaminharam a revisão das planilhas orçamentárias. Um escândalo, um pedido de 2008. Aliás foi tudo assim, os asfalto das ruas, do Sesi que já era para estar funcionando desde 2010, outras duas pontes que é só o prefeito falar que estão prontas as bases que os vergalhões estarão aí, na estrada dos Malheiros.
 
10) Sobre o revanchismo, qual será o tom da campanha?
BM: Estamos refreando, duramente, todos os companheiros que alardeiam que a nossa vitória seria para vingar tudo o que eles sofreram. E realmente tem muitos companheiros nossos que comeram o pão que o diabo amassou. Eles foram humilhantemente perseguidos. Então o tom da campanha e tenho certeza que o Paganini vai seguir esse tom, se ele for o candidato, é não olhar no retrovisor, olhar pra frente.
 
11) Na hipótese da vitória do Paganini, o senhor não será mais presidente da Assembleia. E aí, como deputado será mantido o mesmo esquema de influência?
BM: Você sabe qual é o maior líder político da Assembleia, hoje? É o deputado Campos Machado. Não é o Barros Munhoz. Campos nunca foi presidente, não quer ser e nunca vai ser. É o exercício do mandato que vai te credenciando. Eu tenho certeza que vou poder ajudar tanto ou mais. Como presidente eu dispenso menos tempo para as cidades. A presidência me toma muito tempo. 
 
12) E a desfiliação do PSDB?
BM: Eu cogitei essa possibilidade. Tinha aquela história se o Paganini não pegar o Totonho vem. Eu fiz isso naquela época, vim no lugar do Bebeto porque eu estava em São Paulo sem cargo nenhum. Eu ia me desfiliar, realmente. Mas eu não posso como presidente da Assembleia. Mas acabou dando o resultado que precisava. Todo mundo sentiu que Paganini é o candidato. Vamos com ele até o fim. Nenhuma candidatura se torna vitoriosa se não tiver um grupo que acredite nela.
 
13) E aquela questão que se fala que é o Totonho que vai mandar. O Paganini, caso vença a eleição, terá autonomia para tomar decisões?
BM: Esse comentário é um dos mais irrealistas que existe, a cadeira de prefeito, como a de governador, presidente, tem uma coisa que só cadeira desses cargos tem. Ela vinte e quatro horas por dia induz a criatura a se voltar contra o criador. Todos os companheiros que ficam em volta ficam dizendo, Pô, você é muito melhor que o Totonho, etc. e tal. Veja o que a imprensa tenta fazer com a Dilma e o Lula. Não existe isso. Nem se a Cacá ganhasse a eleição eu conseguiria fazer isso. O que eu vou fazer, realmente, é estar ao lado dele. Mas a palavra decisiva vai ser dele, do grupo, sempre. Vou sim estar à disposição e transmitir a minha experiência.    
 
Prezado internauta, o texto acima resumiu os pontos mais importante. Veja na TVPCI,  oportunamente, a íntegra. Aguarde.
 
 
 
 
 Durante a entrevista, Barros Munhoz apresentou alguns números que estão esclarecidos no vídeo da entrevista.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Da Redação do PCI

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