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Itapira, 26 de Abril de 2024
Notícia
27/05/2015 | Especialistas se mobilizam para evitar epidemia de dependentes de drogas no Brasil

 

 

Encontro será realizado no dia 29 de maio no Recife, em Pernambuco, e serão apresentadas evidências sobre as famílias brasileiras e sua relação com as drogas, e o que elas precisam para enfrentar o problema no Brasil 

Cessar o uso de drogas com ajuda especializada e cuidar das famílias, é um desafio para milhares de brasileiros. Nem existe cuidado especializado para os familiares do dependente e muito menos a família brasileira é alvo da prevenção. Diante do cenário desfavorável, alguns dos principais especialistas do País se reunirão na próxima sexta-feira, dia 29 de maio, no Recife, em Pernambuco, para um dia de debates e esclarecimentos sobre o assunto. Com o tema “Família e Drogas”, a I Jornada da Clínica ASSISTA e V Jornada Regional da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (ABEAD) tem, dentre os vários objetivos, qual é o papel da família na prevenção e no tratamento do dependente.

O psiquiatra Evaldo Melo é um dos especialistas que somará conhecimento no evento. “Vamos falar sobre os mitos e preconceitos que a sociedade e a família têm com o dependente de drogas. A estratégia é desconstruir esses mitos e mostrar que é possível reverter o quadro de uso de substâncias maléficas à saúde. A dependência é uma doença e deve ser tratada como tal”, antecipa o médico, que, na oportunidade, mostrará alguns dos principais casos de sucesso durante seus 44 anos de experiência auxiliando dependentes.

Segundo Dr. Evaldo, dentre as várias ações para o tratamento, é preciso traçar uma estratégia terapêutica, onde é necessário começar o acompanhamento imediato, pois as taxas de recuperação são bem mais promissoras. “O índice de recuperação no início de dependência chega em até 80%. Mas se a família não colabora, desacreditando que tem dentro de casa uma pessoa que precisa de ajuda especializada, a possibilidade de recuperação é de cerca de 20%”, detalha.

Mudanças de comportamento repentinos, conversar menos dentro de casa, trocar a noite pelo dia, novas amizades e irritabilidade são algumas das características que um familiar pode estar usando drogas. Os especialistas são enfáticos ao afirmarem que no primeiro momento, um diálogo aberto, mostrando confiança, é a melhor alternativa contra a dependência.

A droga que mais mata – No Brasil, de acordo com Dr. Evaldo Melo o álcool é a droga que mais mata e muitas pessoas não têm conhecimento das consequências da bebida. A presidente da ABEAD, Ana Cecília Marques, vai de acordo com o colega psiquiatra. “O consumo de bebidas alcoólicas por adolescentes e jovens é um fenômeno preocupante. A indústria tem investido em estratégias para que esse público comece a beber cada vez mais cedo, seja pelas propagandas que fazem referência ao prazer do álcool, ou pelas embalagens das bebidas, cada vez mais coloridas e chamativas”, destaca.   

Dra. Ana Cecília Marques faz referência ao recém-lançado relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que mostra a mudança no padrão de consumo do álcool, não só nos adultos como entre jovens. “Precisamos nós, médicos, e a família, estarmos atentos aos vários fatores que determinam a dependência e fazer, cada um, a sua parte. Este encontro em Pernambuco permitirá um debate franco, pautado em comprovações cientificas, para pensarmos qual o modelo ideal para a realidade brasileira”, finaliza.

Fonte: Da Redação do PCI

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