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Itapira, 24 de Abril de 2024
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15/09/2014 | Festas populares podem servir de exemplo para dar vida à principal praça da cidade

Em um período de 30 dias a praça Bernardino de Campos, a principal praça da cidade, abrigou duas festas populares, que atraíram famílias inteiras ao local. Em agosto aconteceu a Fes­ta Della Nonna e no início desse mês foi a vez da Festa em Louvor a Nossa Senhora da Penha dar vida à praça.

Condenada há vários anos ao ostracismo, prin­cipalmente no período no­turno, a praça Bernardino de Campos tem sido alvo de estudos em diversos segmentos para que volte a ter vida e seja frequenta­da como antigamente. Um projeto de revitalização, que será executado após a realização de um concurso envolvendo arquitetos e en­genheiros, já foi anunciado pela Prefeitura.

Mas, como nenhum lo­cal público sobrevive sem oferecer atrativos, as festas populares podem ter aberto o caminho para que a solu­ção seja encontrada. Com opções de gastronomia e culturais, os dois eventos fizeram a praça central re­viver seus dias de glória.

O último dia da festa em louvor à padroeira da cidade foi um exemplo de que a praça tem solução. A segunda-feira, 08, teve a noite de muita gente preen­chida por um passeio pela festa, onde havia diversas opções na área gastronô­mica e a apresentação do Projeto Escola da Banda Lira Itapirense.

A idéia de unir opções gastronômicas com atra­ções culturais pode ser uma saída para povoar a praça nos finais de semana. Para o secretário de Cultura e Turismo, Marcello Drago­ne Iamarino, as atrações culturais podem auxiliar nesse processo. “Acho que as atrações culturais que temos feito na praça, como eventos de música e sarau, têm dado vida ao local”, frisa. “Se conseguirmos um novo coreto, como sempre tivemos, acho que essas ações darão vida à praça, como nesse final de semana, quando teremos a expo­sição de orquídeas. Acho que esse é o caminho, mas gostaria de ter mais verbas para maiores ações, mas estamos avançando”.

Para Iamarino, não ape­nas a praça central, mas o Parque Juca Mulato tam­bém está ressurgindo com a organização de diversos eventos. “O parque também está sendo mais frequentado pelas famílias com as inúme­ras atividades que estamos realizando lá”, lembra.

Sobre a participação de artistas locais nos finais de semana na praça Bernardino de Campos, oferecendo um programa diferente para as famílias, o secretário de Cultura e Turismo acredita que seria uma boa solução. “Sim, mas sinceramente todo trabalho que temos feito é estimular não só a música, mas todos os gê­neros culturais”, recorda. “Plantamos uma semente e já estamos colhendo frutos. Cultura é a longo prazo, não se faz um povo culto e que consome cultura da noite para o dia, temos que trabalhar nesse sentido em conjunto com a Educação e iremos obter sucesso”.

O presidente da ACEI (Associação Comercial e Empresarial de Itapira), José Aparecido da Silva, que es­tava na praça na noite de segunda-feira, desfrutando do ambiente familiar criado pela festa da padroeira, acre­dita que atrativos culturais e opções de gastronomia sejam realmente o cami­nho para revitalizar a praça. “Ninguém vai frequentar a praça numa noite de do­mingo se não tiver o que fazer por lá”, diz. E vai mais longe ao dar uma dica do que poderia ser feito: “A parte de baixo da praça poderia abrigar tendas como essas colocadas durante a festa da santa com opções diversas na parte gastronômica e o local destinado para as apresentações culturais poderia ser usado pelos artistas locais”.

Já o maestro César Ricar­do Lupinacci, da Casa das Artes, entende que cada espaço deve ter sua utiliza­ção. “Assim como a praça, o Parque Juca Mulato tam­bém precisa desse convívio, ninguém vai a um lugar se não tiver um motivo”, diz.

Mercadão

Adair Recchia, diretor do Anglo, vê no Mercado Mu­nicipal um exemplo a ser seguido. “A ideia de realizar a feira noturna no Mercadão é um grande exemplo de que a praça também pode ser ocupada com atividades e isso fará com que ela volte a ser frequentada”, frisa. “Se tiver motivo, o povo sai de casa”.

O radialista Luiz Antônio da Fonseca, o Toy, que re­sidiu no entorno da praça, trabalhou em frente a praça e teve um estabelecimento comercial no local, também acredita que sem os atrativos de antigamente a praça não voltará a ter vida. “Antes tinha cinema, bares, restaurantes, clubes e hoje não existe nada disso”, comenta.

Porém, Toy enxerga um problema sério que deve ser solucionado para que eventos sejam realizados na praça central. “Não há locais para estacionamento nas proximidades, quem vai até a praça não tem opção de estacionamento no entorno, pois as ruas que circundam a praça são estreitas e curtas”.

Dessa forma, até o final do ano, quando a praça volta a ter vida com a instalação das barracas e brinquedos durante os dias que ante­cedem o Natal, o jeito é esperar. Enquanto isso, mo­vimento na praça nas noites de domingo só em torno da perua de cachorro-quente.

Fonte: Da Redação do PCI

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