brasi­leira, acusando crescimento de 0,86% em um ano - de cerca de 201 milhões em 2013 para cerca de 202,7 milhões em 2014 - refletem a necessidade do órgão em manter atualizados estes números, sobretudo face ao interesse de prefeitos do país todo que têm sua receita no FPM (Fundo de Participação dos Municí­pios) crescer ou diminuir, já que o que determina a participação é o número de habitantes. Segundo­Samuel Claudio Aló de Al­varenga, chefe da agência do IBGE de Mogi Mirim, da qual Itapira é subordinada, como fisicamente e econo­micamente é impossível se fazer um censo a cada ano, o IBGE utiliza-se de uma estimativa baseada na média populacional dos últimos dez anos.

“Nossa metodologia para aferir a estimativa populacional é totalmen­te confiável. Ela expressa uma realidade palpável dentro de um contexto de normalidade, ou seja, não capta movimentos sociais de maior complexidade que resultam em aumento ou diminuição de fluxos migratórios”, condiciona.

Conforme revelou Alva­renga, para 2015 estavam programadas duas ações que costumam exigir grande mobilização dos agentes do IBGE de todo o país, o censo agropecuário e a contagem populacional. Esta segunda é espécie de censo simplificado, onde é aplicado, segundo Alva­renga, um questionário que afere questões mais pontuais como o número de componentes da família, estruturação, características do trabalho e do domicílio. “Por falta de recursos o governo optou por deixar este trabalho para 2016”, frisa.

O cronograma inicial previa a realização do censo agropecuário no primei­ro semestre de 2015 e no segundo semestre seria realizada a contagem po­pulacional. “De certa forma isso acaba prejudicando o planejamento inicial”, opina Alvarenga.

Os dados relativos a Itapira estão dentro da projeção conforme a me­todologia utilizada pelo IBGE. Em 2010 o cen­so demográfico acusou 68.537 habitantes. Pela estimativa de 2014 esta população subiu quase 5,5% , batendo na casa dos 72.514. Em termos prático a cidade passou a ter uma melhora na receita do FPM a partir de 2012, quando as projeções do IBGE sinalizaram com a pas­sagem para mais de 70 mil habitantes, fazendo com que a alíquota do municí­pio saltasse de 2.4% para 2.6%, com um aumento de 8,33%, recompensando o recuo do mesmo tamanho a partir de 2011, já que as projeções apontavam Itapira como portadora de uma população com mais de 70 mil habitantes. A contagem do censo, no entanto, apurou menos do que isso, reduzindo a alíquota de 2.6, para 2.4%. Segundo os dados do IBGE, Mogi Guaçu segue firme na liderança populacional da microrregião. Eram 137 mil habitantes em 2010. Agora são 146 mil.

Samuel, do IBGE, acha que a prorrogação dos trabalhas afeta o planejamento inicial