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20/04/2015 | Levy: divulgação de balanço será mais um passo na recuperação da Petrobras
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado faz audiência pública com o ministro Joaquim Levy, para discutir o ajuste fiscal e o indexador de correção da dívida dos estados e municípios (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ministro da Fazenda destaca também expectativa com o novo Conselho de Administração da empresa, que deverá ter  mais  profissionais  da  iniciativa privada e menos indicações políticas Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, destacou hoje (20), em Nova York, a expectativa com a publicação dos balanços da Petrobras nos próximos dias. Para ele, a divulgação dos resultados será mais um passo na reconstrução da empresa. Ele destacou também a expectativa com o novo Conselho de Administração da Petrobras, que deverá ter mais profissionais da iniciativa privada e menos indicações políticas.

Ao participar, nesta segunda-feira da  Cúpula das Américas de Política Monetária, promovida pela agência de notícias Bloomberg, Levy disse que o excesso de preocupação com a Petrobras é bom, mas indicou que parte das mudanças tem a ver também com a queda nos preços do petróleo no mercado internacional e, por isso, o impacto não é só na economia brasileira, mas também no exterior. 

Em entrevista transmitida na internet pela Bloomberg, o ministro afirmou também que o Brasil tem, sim, condições de alcançar este ano a meta de superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços gerados pelo país).

Levy reafirmou que a maior parte do esforço do governo para equilibrar suas contas está concentrada nos cortes de gastos do governo e na ?reversão? de certos benefícios fiscais. Ele se referia às desonerações em determinados setores, usadas até recentemente pelo governo para o enfrentamento da crise.

Sobre os gastos com a Previdência, o ministro lembrou que, no Brasil, assim como em outros países, é importante estar alerta para não romper certos limites e verificar se esses limites são sustentáveis. Ele falou sobre a mudança no foco dos ajustes, implementados no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff, como as alterações em benefícios trabalhistas e previdenciários.

Exemplificando com o caso das pensões por morte, o ministro disse que essa reforma ainda espera aprovação do Congresso Nacional. Segundo Levy, se uma pessoa torna-se viúva muito cedo, não precisa ter o benefício previdenciário para sempre, pelo resto da vida. Ao justificar para a plateia da cúpula a necessidade do ajuste, ele explicou que, no Brasil, se ?uma pessoa de apenas 30 anos fica viúva herda a pensão integral para sempre?.

Joaquim Levy lembrou que, nos últimos anos, o país fez transferências importantes para pessoas de baixa renda, "tudo com muita transparência". O ministro disse aos participantes do evento que os brasileiros entendem o que está acontecendo no país, conhecem os números. Além disso, há muito debate, inclusive na imprensa, em todos os lugares, [é o] ?cerne da democracia", acrescentou.

O ministro voltou a defender que os investimentos em infraestrutura tenham origem mais nas empresas privadas, por intermédio do mercado de capitais, do que no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na mesma linha do discurso feito durante evento do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, encerrado no fim de semana, ele reafirmou que é preciso atrair capital externo para a infraestrutura.

?Ouvimos durante todo tempo [em Washington] que existe uma grande demanda por ativos de longo prazo. Temos pessoas idosos em muitos países, e as economias avançadas querem ter um fluxo de receitas estável. E nada melhor [para investir]  do que um projeto de infraestrutura bem planejado. Neste fim de semana, ainda na capital americana, o ministro da Fazenda anunciou que o governo anunciará, possivelmente em maio, um novo projeto de concessões. 

Questionado sobre os protestos nas ruas, Levy disse que uma das melhores coisas no Brasil é a liberdade de expressão. No entanto, ao se referir mais uma vez à Petrobras, ele ressaltou que existe um certo nervosismo quanto à transparência ?do que está acontecendo?, quando se diz que o país é um dos menos favoráveis ao investimento. ?Eu respeito o ponto de vista, mas quem tem entendimento mais profundo sabe que o Brasil é  transparente e tudo é debatido. [É um país] onde o governo presta contas de tudo que faz, tem eleições regulares, e onde as pessoas que fazem o que é errado são presas.?

O oitavo parágrafo do texto foi alterado às 17h12 porque continha uma parte truncada

Editor Nádia Franco

http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2015-04/levy-divulgacao-de-balanco-sera-mais-um-passo-na-recuperacao-da-petrobras

Fonte: Agência Brasil

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