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29/05/2015 | Livros de colorir viram febre e causam bem estar emocional

 Colorir figuras impressas deixou de ser uma atividade só para crianças. Recente­mente, duas publicações da autora escocesa Johanna Basford intituladas Jardim Secreto e Floresta Encantada vêm sendo responsáveis por transferir o gosto pelos lápis de cor e pelo papel pré­-desenhado para adultos, fazendo com que editoras e livrarias tenham que correr contra o tempo para atender toda a demanda.


A empresária Flávia Leme Carvalho, 38 anos, é uma das adeptas. Ela começou com a atividade há cerca de dois meses, depois que descobriu que a irmã, A arte terapeuta da Uni­camp (Universidade Estadual de Campinas), Márcia Cris­tina Quaiatti Antonelli, con­firma que os livros de colorir são eficazes para oferecer sensações de relaxamento e prazer e faz comparação com outras atividades, como os exercícios físicos. “Exis­tem inúmeras atividades artísticas, de relaxamento, esportivas, entre outras, que tem a mesma finali­dade: relaxar e diminuir o estresse diário. Todas elas, inclusive o lápis de cor, levam à produção de endorfinas e, consequentemente, à redução do estresse, me­lhorando o humor e o bem estar das pessoas”, explica.

Porém, ela faz o alerta para que as pinturas no livro não sejam utilizadas como único tratamento para doenças mais sérias, como depressão e ansie­dade. “Quando o estresse atinge níveis muito elevados e há a presença de doenças patológicas o indicado é que as pessoas procurem a ajuda de profissionais para um melhor e mais orientado tratamento. Neste caso, as técnicas de arte terapia não serão suficientes quando aplicadas sozinhas”, orienta.

Antonelli também ex­plicou que o uso das cores está fortemente ligado às sensações e aos sentimen­tos das pessoas, inclusive uma associação a algum fato desagradável da vida que ficou no inconsciente. Conforme exemplificou, àquelas que têm tendência à depressão podem evitar as cores mais vivas, assim como as mais alegres dão preferência às cores vibran­tes. “A cor, portanto, tem um importante papel em nossas vidas. Ela normalmente está interligada a conteúdos psí­quicos, pessoais e culturais, que podem ser acessados, como no caso de eventos reprimidos ou simplesmente esquecidos”.

Sobre a melhor idade para começar na pintura, a arte terapeuta lembra que antes dos três anos de idade, apenas o giz de cera é recomendado devido a segurança. Após essa idade, o lápis passa a ser indicado e ajuda no desenvolvimento da imaginação, criatividade, percepção, concentração e coordenação motora da criança. Mas ela também deixa o conselho para que a atividade seja sempre evo­lutiva. “Deve-se trabalhar diferentes técnicas utilizan­do-se a pintura e as texturas para explorar as diferentes formas de expressão, bem como estimular a criança a criar os próprios desenhos e não apenas a preencher desenhos prontos. Permitir que ela utilize as cores que desejar em qualquer figura, evitando rótulos como ‘o céu é azul, o sol amarelo e o coração é vermelho’. A criança necessita ser esti­mulada livremente e deixá­-la viajar pelo mundo da fantasia como ela desejar”, concluiu.que é advogada e tem uma vida estressante, estava pintando um livro para relaxar.

Apesar de gostar de pin­tura desde jovem, com a correria do dia a dia ela foi deixando o hábito pra trás e só agora retomou. “Quando eu começo a pin­tar não tenho vontade de parar. Eu esqueço de tudo e entro em outro mundo, um mundo de cores. Pra mim é muito relaxante e bem melhor do que ficar na Internet”, afirmou. Ela adapta seu tempo diário entre os afazeres, o cuidado e a interação com os dois filhos e a terapia com cores e afirma que o livro realmente tem a função antiestresse. “Acalma e relaxa. 

Desenhar e pintar oferece este tipo de possibilidade, desde que a pessoa não transforme o livro em uma meta a ser batida. Do contrário, a pes­soa fica paranóica. O efeito de um livro desse é muito similar a um quebra-cabeça e se ajudar a desconectar da tecnologia do dia a dia, melhor ainda”, resume.

De acordo com o profes­sor de literatura e dono da livraria itinerante Livrando, Pedro de Godoi Rosário, a alta procura pelos livros de colorir é recente e a maioria dos clientes busca apenas pelos dois títulos mais fa­mosos. “Esses livros co­meçaram a fazer sucesso esse ano, mas me lembro que em dezembro passado vendi um exemplar do Jardim Secreto. Mas, até começar essa febre, a procura era zero. Hoje está uma loucu­ra, todo mundo indo atrás, mas a maioria está focada nos dois da autora Basford, apesar de existirem outros títulos até melhores”, disse.

Os preços dos exemplares podem variar, mas a média de custo é de R$29,90 e não estão inclusos os lápis de cor. Em cada livro, são encontradas cerca de 50 figuras de temas e tamanhos diferentes, de modo a entre­ter ainda mais o aspirante a artista plástico. “O maior público é de mulheres. A procura pelos dois livros mais famosos é tanta que, se a editora conseguisse atender, já teria vendido uns 30, além dos que já vendi de outros autores”, relatou o professor, que acredita que, apesar de uma verdadeira febre, o sucesso dos livros não deve se prolongar por muito mais tempo.

Benefícios


A arte terapeuta da Uni­camp (Universidade Estadual de Campinas), Márcia Cris­tina Quaiatti Antonelli, con­firma que os livros de colorir são eficazes para oferecer sensações de relaxamento e prazer e faz comparação com outras atividades, como os exercícios físicos. “Exis­tem inúmeras atividades artísticas, de relaxamento, esportivas, entre outras, que tem a mesma finali­dade: relaxar e diminuir o estresse diário. Todas elas, inclusive o lápis de cor, levam à produção de endorfinas e, consequentemente, à redução do estresse, me­lhorando o humor e o bem estar das pessoas”, explica. 

Porém, ela faz o alerta para que as pinturas no livro não sejam utilizadas como único tratamento para doenças mais sérias, como depressão e ansie­dade. “Quando o estresse atinge níveis muito elevados e há a presença de doenças patológicas o indicado é que as pessoas procurem a ajuda de profissionais para um melhor e mais orientado tratamento. Neste caso, as técnicas de arte terapia não serão suficientes quando aplicadas sozinhas”, orienta.

Antonelli também ex­plicou que o uso das cores está fortemente ligado às sensações e aos sentimen­tos das pessoas, inclusive uma associação a algum fato desagradável da vida que ficou no inconsciente. Conforme exemplificou, àquelas que têm tendência à depressão podem evitar as cores mais vivas, assim como as mais alegres dão preferência às cores vibran­tes. “A cor, portanto, tem um importante papel em nossas vidas. Ela normalmente está interligada a conteúdos psí­quicos, pessoais e culturais, que podem ser acessados, como no caso de eventos reprimidos ou simplesmente esquecidos”.

Sobre a melhor idade para começar na pintura, a arte terapeuta lembra que antes dos três anos de idade, apenas o giz de cera é recomendado devido a segurança. Após essa idade, o lápis passa a ser indicado e ajuda no desenvolvimento da imaginação, criatividade, percepção, concentração e coordenação motora da criança. Mas ela também deixa o conselho para que a atividade seja sempre evo­lutiva. “Deve-se trabalhar diferentes técnicas utilizan­do-se a pintura e as texturas para explorar as diferentes formas de expressão, bem como estimular a criança a criar os próprios desenhos e não apenas a preencher desenhos prontos. Permitir que ela utilize as cores que desejar em qualquer figura, evitando rótulos como ‘o céu é azul, o sol amarelo e o coração é vermelho’. A criança necessita ser esti­mulada livremente e deixá­-la viajar pelo mundo da fantasia como ela desejar”, concluiu.

Fonte: Da Redação do PCI

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