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Itapira, 28 de Mar�o de 2024
Notícia
10/08/2016 | Luiz Santos: Missionar, na primeira pessoa do Plural

 “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma” (At 4.32).

Em nossa última pastoral falamos sobre as missões como o resultado da tomada de consciência e compromisso pessoal de cada cristão. Hoje, desejo falar sobre a natureza cooperativa das Missões. Responder aos imperativos bíblicos da missão não é tarefa para um só. Na igreja, não somente o ministro ou algum especialista deve responsabilizar-se com a tarefa. As missões não podem ser realizadas com “franco-atiradores”, com “lobos solitários”, com pessoas que não conseguem trabalhar em equipe. As missões exigem um trabalho de corpo com muitos membros articulados e em harmonia. Precisamos aprender a trabalhar em compasso de complementariedade, interdependência, mutualidade e reciprocidade. Precisamos urgentemente otimizar nossos dons, carismas, ministérios e ofícios tendo em vista ao cumprimento da Grande Comissão. Todas as forças vivas da igreja devem ser entendidas à luz do mandato permanente de fazer missões até os confins da terra até que volte o Senhor. O pastorado local deve ser entendido e vivido sob o comando de cumprir o “ide”. As Escrituras não nos deixam ignorantes nesse sentido, basta ler com atenção porque o Espírito Santo concedeu à igreja alguns para pastores e mestres: “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço...” (Ef 4.11,12). Ora, qual o serviço que os santos precisam desempenhar de maneira sempre mais aperfeiçoada?  - “Fazer discípulos de todas as nações” (Mt 28.19). Um pastor com mente e coração missionários há de pregar a Palavra de modo que toda a sua igreja se sinta parte integrante e inextrincável da missão de Deus no mundo. Levará a sua congregação a orar intercedendo pelos missionários que estão no Campo e para que a porta da Palavra esteja sempre aberta. Despertará suas ovelhas para comprometer-se financeiramente para que haja sustento e recursos para que a obra avance pelos quadrantes do planeta. Pela pregação e pela demonstração de que se preocupa apaixonadamente com as missões, conscientizará seus irmãos no oficialato a estabelecer a administração dos dízimos e ofertas como prioridade missionária local e além-fronteiras. A chave para o despertamento missionário da Igreja, a transformação de suas estruturas, de ‘estruturas de acolhida’ para ‘estruturas de saída’ é a pregação expositiva. O púlpito é o segredo. Mais que os necessários conselhos e departamentos de missões, é o púlpito que deve promover, mobilizar, envolver e verdadeiramente equipar e enviar em missões. Por isso, o título desta pastoral: ‘Missionar, na primeira pessoa do plural’. Isto só é possível quando juntos escutamos a Palavra de Deus, lida, exposta e aplicada no ajuntamento solene, no culto público em nossa índole cooperativa de unidade na diversidade dos dons e ofícios. É dessa realidade de membros num corpo bem ajustado e consolidado em que cada parte coopera e efetua em amor a função que lhe cabe (Ef 4. 16), que nasce a capacidade da Igreja de participar na “Missio Dei”, historicamente realizada numa gama incontável de modalidades: pregação, ensino, assistência médica, socorros em desastres naturais e conflitos bélicos, plantação de igreja, desenvolvimento social comunitário e etc. ‘Nós missionamos’ tem a ver com a nossa alegre, comprometida e útil participação na vida comunitária da Igreja. Tem a ver com o exercício generoso e cheio de amor de nossos dons para o crescimento dos irmãos e no zeloso cumprimento de nossos deveres em nossos ofícios e ministérios. Missionamos quando nos esforçamos para fazer dos limites denominacionais instrumentos para o serviço e para a cooperação e não barreiras desnecessárias que só dificultam o avanço do Evangelho. Missionamos quando chegamos à maturidade de que se o essencial de uma Confissão de Fé ou corpo de doutrinas é aquele suficiente para a manutenção da sã doutrina e do cristianismo bíblico, as doutrinas secundárias não devem impedir-nos de trabalhar juntos, socorrer-nos em nossas dificuldades e manifestar apoio, apreço e contentamento nas vitórias alheias. Missionamos quando fazemos de todo o possível para não rasgar a “túnica inconsútil” de Cristo e também missionamos quando por amor à verdade não hesitamos em nos separar de quem não ama o Senhor Jesus com sinceridade e na verdade. Nós missionamos!

Reverendo Luiz Fernando dos Santos é Ministro da Igreja Presbiteriana Central de Itapira – SP.

Fonte: Luiz Santos

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