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Notícia
24/04/2019 | Luiz Santos: Oito dias depois...

Passados os dias da euforia provocada pela ressurreição de Jesus, os discípulos permaneceram em Jerusalém. Naquele momento, a Cidade Santa não era exatamente o lugar mais seguro e confortável para os amigos de Jesus. Na verdade, todos eles eram considerados pelas lideranças religiosas como ´personas non gratas’. Também, vale ressaltar que a exceção de Judas Iscariotes, todos os discípulos eram naturais da Galileia e não da Judeia, portanto, estavam longe de casa, de seus familiares e de sua zona de conforto e de segurança afetiva e emocional. Oito dias depois do primeiro encontro com o ressuscitado, ainda temendo por suas vidas e com as portas do local de reuniões trancadas, Jesus aparece outra vez no meio deles. Dessa vez, o Senhor aproveita a ocasião para disciplinar e restaurar um discípulo incrédulo: “Passados oito dias, os seus discípulos estavam outra vez ali, e Tomé com eles. Apesar de estarem trancadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja com vocês! E Jesus disse a Tomé: "Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia. Disse-lhe Tomé: "Senhor meu e Deus meu! "Então Jesus lhe disse: "Porque me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram" (Jo 20.26-29). Gostaria de chamar a sua atenção para a experiência da igreja primitiva, o encontro com o ressuscitado a cada oito dias, isto é, aos domingos, dia em que Jesus irrompeu nas trevas desse mundo e na madrugada de um domingo iluminou o universo com a luz fulgurante da sua ressurreição gloriosa. Desde então, os discípulos jamais deixaram de se reunir, ainda que isso lhes custasse algum sacrifício, para celebrar esse acontecimento que é o fundamento da fé cristã: “E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados. Neste caso, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão” (1 Co 15.17-19). A Páscoa continua em cada domingo e de domingo em domingo aguardamos a Páscoa definitiva quando passaremos com Cristo desse mundo ao Pai. Então, a cada oito dias os cristãos se reúnem para renovar a Aliança estabelecida na Páscoa de Jesus e se beneficiar dos efeitos salutares da ressurreição: 1. Um encontro pessoal, espiritual, porém verdadeiro com o Cristo Vivente. Encontro que se dá no Espírito Santo, mediante a Palavra lida e exposta, mediante a Palavra visível e mensurável dos sacramentos; 2. Um encontro terapêutico com Jesus, à semelhança de Tomé incrédulo e dos outros todos temerosos e acovardados. Um encontro de restauração que cura as feridas emocionais, que devolve sanidade e equilíbrio à mente, que nos assegura da presença permanente de Jesus em todos os momentos da nossa vida. Um encontro de encorajamento e empoderamento espiritual na mutualidade e fraternidade cristã, por meio da oferta de paz e perdão trazida por Jesus. 3. Um encontro antecipado com a eternidade por meio de nossa união mística com Cristo que nos faz experimentar desde agora a vida no porvir. O domingo é uma espécie de sacramento da vida eterna, um vislumbre antecipatório dos Novos Céus e da Nova Terra. Em cada domingo o Espírito nos assegura que ‘não demora muito, Canaã é logo ali’ e em cada domingo, como ensinavam os puritanos, somos treinados para nos acostumar à bem-aventurada vida na glória dos céus. 4. Mas, a cada oito dias somos também lembrados, instruídos e enviados em missão. O domingo é um encontro com a missão de Jesus, continuada e prolongada no tempo e no espaço por seus discípulos. Do encontro de domingo nasce a missão e para ele retorna em celebração. A celebração de Cristo Ressurreto é a fonte e o ápice da missão da igreja. A cada oito dias recebemos o comando de testemunhar ao mundo, fazer discípulos, pescar homens. A cada oito dias, nos encontramos para trazer aos pés do Senhor o fruto da nossa obediência e cooperação em sua missão. E por fim, 5. O domingo é um convite para renovar no culto festivo, alegre e contagiante a alegria por nossa salvação em Cristo Jesus. É um encontro para fazer-nos tomar posse de uma das mais belas promessas de Deus na Escritura: "Esse é o nosso Deus; nós confiamos nele, e ele nos salvou. Esse é o Senhor, nós confiamos nele; exultemos e alegremo-nos, pois ele nos salvou" (Is 25.9) e mais: “Este é o dia em que o Senhor fez; alegremo-nos e exultemos neste dia” (Sl 118.24).

Fonte: Luiz Santos

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