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Notícia
28/05/2019 | Luiz Santos: Subiu aos Céus

O calendário cristão adaptado para que os fiéis participem com maior proveito, transferiu para o domingo a comemoração da Ascensão de Jesus Cristo aos céus. Evidentemente que celebramos o fato e não a data. Comemoramos uma realidade que diz muito à nossa condição de salvos em Cristo e à nossa vocação última, habitantes das moradas eternas. A Ascensão de Cristo para assentar-se a direita do Pai na glória é tanto uma afirmação bíblica:Estando ainda a abençoá-los, ele os deixou e foi elevado ao céu. Então eles o adoraram e voltaram para Jerusalém com grande alegria. E permaneciam constantemente no templo, louvando a Deus” (Lc 24.51-53); “Depois de lhes ter falado, o Senhor Jesus foi elevado ao céu e assentou-se à direita de Deus” (Mc 16.19);Tendo dito isso, foi elevado às alturas enquanto eles olhavam, e uma nuvem o encobriu da vista deles. E eles ficaram com os olhos fixos no céu enquanto ele subia” (At 1.9-10), como uma afirmação de fé esculpida no ‘Credo Apostólico’: “...subiu aos céus e está assentado a mão direita de Deus Pai todo-poderoso”. Portanto, crer que Jesus subiu às alturas em corpo humano glorificado é uma daquelas verdades que se não cridas comprometem a genuinidade da fé e impossibilitam que a pessoa de fato venha a ser cristã. Mas, o que está em por detrás desse dogma cristão divinamente revelado na Bíblia e recebido pela fé da igreja universal? Em primeiro lugar nos dá a exata dimensão da ressurreição. Não é uma simples volta dos mortos, uma revivificação, ainda que sobrenatural do corpo, como nos casos do filho da viúva de Naim, a filha de Jairo ou Lázaro, esse morto há quatro dias, inclusive. A ressurreição de Jesus importou também na glorificação do seu corpo humano, que em termos práticos, se assim podemos dizer, é a adequação necessária para o ingresso na vida beatífica dos céus. Essa glorificação é a mesma pela qual todos os que morrerem em Cristo sofrerão. Também nós seremos transformados. Esse nosso corpo corruptível e miserável será transformado em um corpo glorioso à semelhança de Jesus:Irmãos, eu lhes declaro que carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus, nem o que é perecível pode herdar o imperecível. Eis que eu lhes digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. Pois é necessário que aquilo que é corruptível se revista de incorruptibilidade, e aquilo que é mortal, se revista de imortalidade. Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: A morte foi destruída pela vitória" (1Co 15.50-54); “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, pois o veremos como ele é” (1Jo 3.2). Em segundo lugar, a Ascensão de Jesus conforta o nosso coração porque a nossa humanidade está representada nos lugares celestiais em Cristo, isto significa que, como nosso representante e cabeça, Ele assegurou-nos um lugar. Em Cristo a nossa sublime vocação está firmemente estabelecida. Fomos chamados para estarmos para sempre com o Senhor, habitar às moradas celestes nos novos céus e nova terra. Desde agora somos destinados à vida na perene comunhão dos santos, na companhia dos anjos e na face de Deus. A Ascensão de Jesus Cristo nos recorda que somos peregrinos e forasteiros nesse mundo e que não possuímos aqui morada definitiva. Contudo, essa garantia da nossa fé cristã não nos autoriza a uma vida de escapismos e descompromisso com a realidade desse mundo. Na verdade, o corpo glorioso e ascendido aos céus de Jesus é o mesmo que Ele ‘usou’ para obedecer ao Pai, proclamar o Reino, reivindicar a justiça, pregar e viver o amor, socorrer os necessitados e o oferecer a Deus o sacrifício de si mesmo. Enquanto aguardamos a nossa transformação e a nossa glorificação pessoal não acontece, tendo os olhos fixos no alto onde Cristo está, usemos bem os nossos corpos já santificados pela presença do Espírito Santo e vivamos vidas agradáveis a Deus, usando as nossas mãos e os demais membros para produzir boas obras que alegrem o coração de Deus e abençoem a vida de todos quantos se aproximarem de nós. A Ascensão de Cristo já é a nossa vitória!

 

Reverendo Luiz Fernando é Ministro da Palavra na Igreja Presbiteriana Central de Itapira

Fonte: Luiz Santos

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