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Itapira, 20 de Abril de 2024
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04/05/2015 | Nino Marcati: Lavora che te fa bene

O Dia do Trabalho é mais uma daquelas datas especiais que se destaca pelo feriado que proporciona. Não se vê mais as celebrações onde as empresas da cidade mostravam sua pujança e orgulhava seus trabalhadores. Não assistimos às grandes manifestações sindicais que abriam, nesse dia, pautas de reivindicações por melhores condições de trabalho. Hoje, alguns atos são esperados, mas a concentração de trabalhadores poderá vir de outros chamamentos como shows artísticos ou sorteios de grandes brindes. O Dia do Trabalho se transformou na sua antítese: o dia de folgar. Mas as datas especiais têm as suas utilidades, por exemplo, a de propiciar reflexões.

Habitualmente sempre que o assunto trabalho vem à tona, o foco acaba recaindo sobre aquele que o executa, o trabalhador. Afinal, faz parte da prática humana a de puxar, sempre que possível, a sardinha para a sua brasa. Buscarei o outro lado, o do trabalho propriamente dito.

Nem todo mundo vê o trabalho como um castigo, mas já foi o tempo em que trabalhar era coisa de pobre, daquele sem eira nem beira. Mais do que isso, ter que trabalhar era motivo de desonra. Por isso, por muito tempo existiu a figura do escravo que era interpretada pela fina flor dos reinados e congêneres como castigo dos deuses sem requerer condenação. À medida que evoluímos, a figura da escravidão passou a ser repudiada pela maioria das sociedades e o mundo do trabalho pode se revestir com as maravilhas da humanidade.
 
O trabalho é tão velho quanto este mundo e não surgiu a partir da imposição de nenhum soberano, tampouco, por um castigo divino motivado pelo pecado original. O trabalho não é uma ação exclusivamente humana, nasceu com a necessidade de garantir comida, bebida, local para se abrigar, dormir e procriar, de se manter em segurança... E continuar vivo. A diferença é que diferentemente dos animais que trabalham para satisfazer a suficiência das suas necessidades, o ser humano busca acumular riqueza ou, pelo menos, uma vida mais confortável. Além disso, buscamos através da realização profissional satisfazer o ego, a autoestima, e, talvez, a ostentação.
 
Essa busca da realização profissional está associada à capacidade humana de pensar, idealizar e produzir aquilo que estava na imaginação. Obviamente, um diferencial e tanto quando nos comparamos aos animais que agem por instinto. Donde podemos concluir que quem não faz seu trabalho bem feito não age nem com a imaginação, nem com a intuição.
 
Assim, o trabalho, no meu entendimento, deveria figurar como o quinto elemento essencial da natureza, depois de água, terra, ar e fogo, na condição de “hors concours”, não só pelo que ele proporciona a nós e à nossa família, mas à sociedade em geral. Afinal, o trabalho de um sempre beneficia muita gente.
Fonte: Nino Marcati

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