Com efeito, foram aplicadas no primeiro dia do novo esquema cerca de 50 multas administrativas e outros cerca de 40 motoristas que não procuraram o atendimento na sede da Central Park, empresa que administra o sistema, para quitar este compromisso tiveram os dados de seus veículos encaminhados ao Departamento de Trânsito para que seja lavrada a multa por estacionamento irregular, que custa cerca de R$ 60 e acarreta três pontos no prontuário .

 

O professor de Educação Física, William Cabral, 40, disse que acreditou que não iria demorar mais do que dez minutos com o carro numa vaga no centro da cidade e que quando retornou viu a agente da Central Park expedindo a multa administrativa. “Sinceramente eu não sabia das novas medidas. Paguei por causa de dois minutos, não é justo”, protestou.

 

O representante comercial Acyr de Castro Alves, de 49 anos, pagou contrariado a multa administrativa. Ele veio de São José do Rio Preto. “Isso aqui não tem em cidade nenhuma”, reclamou. No caso dele, a multa administrativa foi mais dolorida porque ele pagou o bilhete, mas forneceu dados incorretos à agente. Desta forma quando uma outra agente passou e conferiu se sua situação estava regular, não encontrou a placa no sistema e aplicou a multa. “Admito que errei. Mas será que esta multa administrativa não poderia ser mais branda. Será que num caso como foi o meu não poderia haver uma outra forma de se resolver a questão”, protestou.

 

Deficientes e idosos

 

Outra questão a que usuários do sistema deverão prestar atenção é quanto ao desrespeito para uso das vagas destinadas a idosos e deficientes . Embora não seja uma atribuição de suas agentes - idosos e cadeirantes não pagam a tarifa - a Central Park foi solicitada a colaborar com este tipo de fiscalização. Quando uma agente nota que a vaga foi ocupada irregularmente, ela comunica ao Departamento de Trânsito, que imediatamente aciona um agente de seus quadros para efetuar a autuação e, se for o caso, a remoção do veículo infrator. Na própria sede da Central Park, que funciona no prédio do Centro Comércio e Indústria, na praça Bernardino de Campos, é comum a presença de cadeirantes e idosos reclamando que suas vagas estão ocupadas indevidamente.

 

Uma fonte junto ao setor de trânsito confirmou que este tipo de fiscalização tem se tornado mais rigoroso e que existe ainda uma outra pendência que precisa ser resolvida. Segundo a fonte, com as novas regras, um idoso, por exemplo, pode parar seu carro na Praça Bernardino de Campos, na vaga especial e permanecer nela o dia todo, contrariando a filosofia do estacionamento rotativo. “O Jurídico da Prefeitura está estudando como regulamentar melhor esta questão”, disse. Todos os que estão na condição de idoso ou cadeirante têm que necessariamente ir até o setor de Trânsito, que fica ao lado da sede da Guarda Civil Municipal, no Jardim Magali e se cadastrar.

No caso dos cadeirantes é necessário levar a documentação médica (CIDE). Depois de feito o cadastramento, é emitido o cartão que deve ser colocado no painel do veículo.

 

Movimento na sede da Central Park foi intenso nestes dois primeiros dias do novo esquema

 

Alves anotou número da placa de forma errada e pagou R$ 30