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21/09/2014 | Oficina discute novos meios de buscar recursos para produção de filmes

Durante dois dias, pessoas de diferentes partes do Distrito Federal reuniram-se em uma oficina no Sesc Ceilândia para discutir novos meios de buscar recursos e de fazer cinema de baixo custo no Brasil. O objetivo do curso, que terá nova turma segunda e terça-feira (22 e 23) é descobrir como pôr em prática projetos cinematográficos, sem depender apenas de editais ou apoio governamental. A oficina faz parte da programação do 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

47 Festival de Cinema de Brasilia deste ano tem mostra de filmes na cidade satélite de Ceilândia (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Ceilândia, região administrativa do DF, tem mostra de filmesFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Os inscritos no curso tiveram, em dois dias, oito horas de troca de experiências com o produtor e diretor Cavi Borges. Segundo o cineasta carioca, a oficina tem como base seus próprios trabalhos. Ele cpmta que, na falta de apoio, buscou outras formas de financiar seus projetos. ?Resolvi não esperar e criar um jeito próprio, alternativo, para burlar a burocracia e a falta de apoio que existe em todo o país. A produtora de Borges tem cerca de 50 colaboradores.

Mas, afinal, como conseguir as verbas? De acordo com ele, a matéria prima para esse tipo de trabalho é a parceria. Ao longo de dez anos, dos mais de 150 filmes feitos por ele e sua equipe, apenas quatro tiveram patrocínio convencional. 

?O curso ensina como juntar esse dinheiro? Nos meus filmes, faço parceria com canais de televisão e tem também o crowdfunding [financiamento coletivo], em que se pede dinheiro em troca de uma contrapartida. Se der R$ 50, ganha um DVD autografado. Se der R$ 100, participa de um dia de filmagem?, explica. As ideias não param por aí, diz Borges. ?Não tem uma fórmula. Ficamos pensando em maneiras alternativas.?

A ideia é mostrar, principalmente para quem está começando, que existem outras maneiras de colocar projetos em prática, sem desanimar, nem desistir de fazer cinema, acrescenta o cineasta. Com debates, troca de ideias e experiências e atividades em grupo, os participantes foram conhecendo essas possibilidades.

Um dos 11 participantes da oficina, o produtor audiovisual Walter Sarça  saiu motivado do curso e satisfeito porque, além das ideias trazidas, conheceu outras pessoas. ?No grupo havia muita gente talentosa e de áreas diferentes, que agregam possibilidades de produção de pequeno porte e com muita qualidade.?

 Mari Campelo (Fabio Rodrigues Pozzebom /Agência Brasil)

      Dá para viver de cinema, diz Mari Campelo
      Fabio  Rodrigues Pozzebom/Agência  Brasil

A cineasta independente Mari Campelo, que produz filmes com pessoas de todo o Distrito Federal, saiu da oficina com boas ideias. ?O curso trouxe uma experiência muito vasta, acrescentou muita coisa, apesar da realidade dele [Cavi Borges] ser o Rio de Janeiro. Dá para viver de cinema, buscando outras formas [de captar recursos], tentando ser criativo. E agora posso passar esse conhecimento adiante.?

Cavi Borges dá outra dica: ficar de olho nas novas tecnologias é importante. ?Quando o curso acaba a galera fica estimulada, empolgada, querendo fazer, vendo que é possível. Só é preciso pensar outras formas, ficar atento?. Essa foi a primeira turma a debater o tema.

Editor Nádia Franco

http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2014-09/oficina-aborda-novas-formas-de-producao-e-o-uso-de-redes-colaborativas-para

Fonte: Agência Brasil

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