Para o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio, a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, confirma que o PT se tornou um partido financiado pelo crime e complica ainda mais a situação da presidente Dilma.
“Na semana passada, eu disse, na CPI, que Vaccari tinha tudo para ser preso e o PT, extinto. E disse isso com base nas denúncias e evidências que as investigações do Petrolão já trouxeram à luz. Uma parte do que falei se confirmou hoje. A segunda está bem próxima”, afirmou.
Sampaio lembrou ainda que Vaccari é o segundo tesoureiro do partido preso por corrupção. No Mensalão, dois ex-presidentes do PT e o seu tesoureiro foram condenados e presos e, agora, na investigação sobre o Petrolão, mais um tesoureiro vai para a cadeia.
“A prisão de hoje também comprova que o Mensalão foi o protótipo do Petrolão, dois esquemas de corrupção criados para drenar dinheiro público para os cofres do PT com o objetivo de financiar o projeto partidário em detrimento dos interesses do país”, disse.
Para o líder do PSDB, a prisão de hoje complica ainda mais a situação da presidente Dilma porque evidencia que ela se beneficiou do esquema de corrupção na Petrobras, já que a sua eleição e a sua reeleição são parte do projeto de poder do PT.
CPI
Sampaio questionou, na quinta-feira (9/4), n CPI da Petrobras, o tesoureiro do PT se foi o seu histórico de crimes, apontados pelo Ministério Público, que o condicionou a ocupar o cargo. O tucano enumerou as diversas acusações que pesam contra o petista e citou o que chamou de “inovações no mundo do crime” praticadas por ele. “O senhor tem tudo para ser preso e seu partido, para ser extinto”, alertou o tucano ao final de sua fala.
O líder tucano lembrou que Vaccari foi presidente do Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários) entre 2004 e 2010 e que nessa época se tornou réu, denunciado pelo Ministério Público, e acabou sendo processado por formação de quadrilha, falsidade ideológica, desvio de R$ 70 milhões e lavagem de dinheiro. Na época do mensalão, foi ainda suspeito de intermediar propina para deputados quando administrou informalmente a relação do PT com os fundos de pensão e corretoras.
Em depoimento à CPI, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco confessou que ele, Vaccari e o ex-diretor de Serviços Renato Duque receberam propinas relativas a cerca de 90 contratos da estatal. Segundo Barusco, Vaccari teria recebido, em nome do PT, algo em torno de US$ 150 milhões e US$ 200 milhões, oriundos de empresas privadas que possuíam contratos com a petroleira.
(Com informações da Liderança do PSDB na Câmara)
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