Produtores de milho já falam em perdas motivadas pela falta de chuva

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26/01/2015 | Produtores de milho já falam em perdas motivadas pela falta de chuva

A ausência de chuvas neste mês de janeiro já incomoda muitos produtores rurais. Conforme explicação de Ivo Marcos Peres Faria, engenheiro-chefe da Casa da Agricultura de Itapira, além da falta de água em si, no caso de algumas culturas mais específicas como o milho, o forte calor representa um fator a mais para prejudicar a formação da planta. Eu e minha equipe técnica estivemos visitando algumas propriedades nesta semana e ficamos apreensivos com o aspecto amarelado das folhas”, comentou. Faria disse que muitos produtores já estão falando em quebra de safra.

Conforme explicou, plantas como o milho possuem defesa natural contra a insolação. “O milho utiliza as folhas como forma de se proteger. Quando o calor é excessivo, como tem ocorrido, as folhas ficam esturricadas e o crescimento fica prejudicado”, ensina. Ele avalia que nem mesmo os produtores que fizeram opção pela semente mais resistente estão tranquilos. “A combinação de forte calor com falta de água acaba prejudicando a formação até mesmo de modalidades mais resistentes”, lamentou.

Voltou a chover na cidade após 16 dias secos em pleno mês de janeiro, o mais chuvoso do ano. Até a tarde de quinta-feira, 22, o último registro acima de 1,0 mm havia sido notificado pelo pluviômetro que funciona na ETA (Estação de Tratamento de Água) do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgotos) no dia 06. Até ontem à tarde, no fechamento desta edição, o SAAE tinha registrado cerca de 70 mm de chuva.

Nesta última semana que falta para fechar o mês, caso haja a manutenção da tendência iniciada na quinta-feira - institutos de metereologia preveem mais chuvas para este final de semana - deverá ser alcançada a marca de 126 mm de janeiro do ano passado, menor marca do período em 15 anos de registros, ou seja, nada indica que este ano terá um quadro minimamente melhor do que aconteceu no ano passado.

Defesa Civil sofre com esquizofrenia climática

No setor de Defesa Civil do Município nesta época do ano, normalmente, os agentes estariam atentos à eventualidade de grandes índices pluviométricos, elaborando planos de remoção de moradores de áreas consideradas de risco, consultando a todo instante institutos de metereologia e serviços correlatos do governo estadual e municípios diversos para prever a chegada de tempestades.

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Itapira, Romeu Job de Souza, a preocupação maior até quarta-feira passada era com relação a incêndios. Conforme revelou, seus agentes tiveram que debelar nada menos do que 18 focos de incêndio até a chegada das chuvas de quinta-feira. “Foram em média duas ocorrências por dia, algo atípico para esta época do ano. Apesar desta instabilidade do clima, em nossa função temos que estar precavidos para qualquer situação”, comentou.

Estragos

Para comprovar sua tese de que a Defesa Civil tem que estar preparada para agir em situações opostas, logo na primeira chuva depois de 16 dias, os agentes conviveram com combate ao fogo e precisaram se virar para remover diversas árvores derrubadas pelos fortes ventos com pico de 43 quilômetros por hora por volta das 15h00. Enquanto os agentes Santos e Francisco atendiam ocorrência de um incêndio de grande porte na mata de uma propriedade do bairro da Ponte Preta, outra equipe se encontrava em uma ocorrência totalmente oposta, removendo árvores que caíram após o temporal que chegou acompanhado de ventos e chuva de granizo, ocasionando a queda de várias árvores em diferentes pontos da cidade, além de vários galhos espalhados pelas vias. “Isso tudo fez com que houvesse a necessidade de um trabalho debaixo da forte chuva, para o corte e a liberação dos locais”, afirmou Romeu Job. Ainda segundo a Defesa Civil, houve registro da queda de algumas árvores na área rural, sendo que em caso específico, no Sítio Grande, uma grande árvore foi removida pela equipe do setor de Serviços Públicos.

Fonte: Da Redação do PCI

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