Um assunto que foi noticiado com destaque aqui no Jornal A Cidade em sua edição de 02 de março está prestes a ter um desfecho favorável para as pessoas vizinhas a um barracão instalado na avenida dos Italianos que viviam incomodadas por um mau cheiro que exalava do local e não tão favorável assim ao dono do empreendimento, Remildo de Souza, de 43 anos, um empresário do setor de reciclagem de materiais radicado em Rio Claro.

 

Ele é gestor da Aspa Ambiental, empresa, a qual, segundo ele é registrada em nome de sua empresa desde março de 2011. A partir daquela data ele garante que no local já havia chantily acondicionado em embalagem longa vida e que passava por um processamento que transformava o produto em ração animal, material este recolhido com problemas diversos como por exemplo,prazo de validade  vencido

 

Os problemas começaram, segundo seu relato, em janeiro deste ano quando deu entrada a um pedido de alvará de funcionamento. Foi neste período que chegaram às autoridades ambientais do município queixas sobre o cheiro forte que saia do barracão. “ Até então, durante todo este tempo, não havia reclamações. Foi surgir a questão do cheio forte e tudo começou a desmoronar”, relatou.

 

Acossado pelas autoridades sanitárias e ambientais e com um estoque por ele mesmo estimado em torno de 300 toneladas do produto, garante que passou por um verdadeiro inferno. “Até doente eu fiquei. Como não tinha ainda obtido alvará de funcionamento ( o qual garante ele que  estava em tramitação normal na Prefeitura) eu estava irregular. Diante disso eu tinha responsabilidade sobre o que estava ocorrendo no local, embora impedido de fazer a empresa operar. Eu não sei exatamente como a questão do mau cheiro começou. Acho que foi a combinação calor e umidade. Tentei uma paliativo, cobrindo as caixas com lonas. Não deu certo. Como percebi que não teria muito o que fazer, fui atrás de uma empresa que recebe lixo de toda espécie ( o aterro Estre em Paulínia) para resolver logo o problema. Só que o processo de remoção tem  um trâmite burocrático. A gestão do aterro só autoriza a remoção depois de toda uma papelada e acerto financeiro realizados. Isso ocorreu somente na semana passada. Por isso só agora estamos retirando o material”, contou Souza.

 

Ele calcula que todo este processo, além do desgaste pessoal (mencionou que empresas com as quais se relacionava deixaram de entregar a ele produtos que sua empresa recicla por causa do ocorrido em Itapira) teve um prejuízo material estimado em torno de R$ 150 mil

 

 

Depois de todos estes transtornos, disse que sua preocupação no momento é retirar o material ( processo que começou na quarta-feira e deve se prolongar até terça-feira próxima ) ajeitar o galpão e encerrar as atividades. “Aqui eu não fico mais”, garantiu.

 

Segundo explicou, sua empresa recicla óleo de navio, tornando-o matéria prima para acionamento de caldeiras. Realiza ainda um tipo de extração de resíduos que resulta em matéria prima para asfalto, algo inédito no mercado, conforme assegurou. “Eu pretendia trazer este serviço aqui para a cidade, mas diante de tudo o que ocorreu, desisti”. Ele garante ainda que já tem cidades interessadas em receber sua empresa. “ Por baixo, esta atividade dá uns 20 empregos”, acredita. Ainda segundo seu relato, veio parar em Itapira por causa da amizade que tinha com os proprietários do imóvel onde se estabeleceu.

 

 

 

 

Trabalho de remoção 

 

Remildo disse que teve prejuízo enorme, além de desgaste pessoal