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Itapira, 23 de Abril de 2024
Notícia
18/09/2014 | Sampaio defende divulgação dos envolvidos no escândalo da Petrobras antes das eleições

 

Deputado federal compara CPMI à comissão dos Sanguessugas, que em 2006 apontou os nomes de 72 parlamentares citados em esquema

 

 

O deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) defendeu a divulgação dos nomes dos envolvidos no escândalo da Petrobras antes das eleições de 5 de outubro. “A população brasileira tem o direito de saber os detalhes do envolvimento de políticos nesse esquema de corrupção”, disse o deputado. E continuou: “Não estou preocupado com quem vaza a informação, mas com quem assaltou a Petrobras. Se tem nomes de deputados, senadores, ministros e ex-governador, quero que venham à luz do dia antes das eleições. Não é justo que a população não saiba quem agiu como marginal surrupiando a Petrobras”.

 

Membro titular da CPMI da Petrobras, Sampaio participou ontem da sessão da comissão que ouviu o ex-diretor da estatal Paulo Roberto da Costa, que se valeu do direito de permanecer em silêncio. Promotor de Justiça de carreira, Sampaio comparou a CPMI da Petrobras à dos Sanguessugas, que investigou, em 2006, o desvio de recursos públicos para o pagamento de ambulâncias, com o envolvimento de ao menos 72 parlamentares. Sampaio foi sub-relator desta comissão e apresentou as provas contra os acusados a uma semana das eleições daquele ano. “O resultado foi que, dos 72 parlamentares citados, 67 não conseguiram se reeleger. Talvez tenha sido a maior contribuição que eu dei ao Brasil”, disse Sampaio.

 

Mas, para que a comissão parlamentar da estatal petrolífera tenha o mesmo resultado da dos Sanguessugas, segundo Sampaio, é preciso que os membros do colegiado tenham acesso, o quanto antes, aos documentos da delação premiada formalizada pelo ex-diretor junto ao Ministério Público e à Polícia Federal.

 

Sampaio também foi sub-relator da CPI do Mensalão, em 2005, encarregado de apontar as provas contra os 40 denunciados à época – a maior parte foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no maior julgamento da história do Judiciário brasileiro, incluindo o ex-ministro José Dirceu, homem-forte do governo Lula.

 

Silêncio

 

Costa se valeu do direito constitucional de não se auto-incriminar e permaneceu calado durante todo o depoimento à CPMI, limitando a dizer que não responderia às perguntas dos parlamentares. Ele também se recusou a participar de uma reunião reservada da comissão. A maioria da comissão também decidiu manter a sessão aberta – Sampaio votou a favor de também se fazer uma reunião reservada, para tentar obter alguma informação do depoente e não correr riscos de quebra de sigilo.

 

(Foto: Alexssandro Loyola)

 

Saiba mais

Carlos Sampaio tem 51 anos, foi líder do PSDB na Câmara dos Deputados de fevereiro de 2013 a fevereiro deste ano e integra a Executiva Nacional do partido. É natural de Campinas (SP), onde foi vereador e secretário municipal de Segurança Pública. Também foi deputado estadual e está no terceiro mandato consecutivo de deputado federal. Formado em Direito, é procurador de Justiça licenciado, tendo atuado em várias cidades dos estados de Minas Gerais e São Paulo. No ano passado, foi apontado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) como o oitavo parlamentar mais atuante e respeitado do Congresso Nacional.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa

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