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Itapira, 23 de Abril de 2024
Notícia
26/08/2014 | Setor de embalagens vê cenário diferente do apresentado por Dilma

 

Se é verdadeira a máxi­ma de que a indústria de embalagens de papelão é o termômetro da atividade econômica do país, então as perspectivas para a eco­nomia brasileira continuam sombrias. Na terça-feira, 19, quando inquirida em entrevista concedida ao Jornal Nacional da Rede Globo sobre as atuais di­ficuldades da economia, a atual presidente e candidata à reeleição, Dilma Roussef (PT), afirmou que já havia uma série de fatores indi­cando que a indústria exibia sinais de recuperação e entre estes fatores mencionou o desempenho do setor de embalagens.

Ruberlene Galvão Al­bano, diretor comercial da Fábrica de Papel e Papelão Nossa Senhora da Penha, a quinta maior do segmento no país, sobre a situação de momento do segmento e de acordo com sua avaliação a situação atual é ainda de muita cautela. Ele argumenta que alguns fatores ajudam a explicar a baixa atividade econômica, mencionando a Copa do Mundo no bimestre junho/julho, a escalada da inflação e até a estiagem que castiga as regiões Sudeste e Centro-Oeste de forma severa, mas assevera que de forma geral a maioria dos setores que utilizam emba­lagens de papelão retraíram.

Citando números da ABPO (Associação Brasi­leira do Papelão Ondulado), Albano diz que houve uma queda da produção na or­dem de 3,36%, comparando junho deste ano com junho de 2013. “Número mais baixo desde 2010”, frisa. No acumulado do primeiro semestre a queda foi de 0,25%. Situação que, se­gundo Albano, a Penha não ficou imune.

Conforme menciona, a empresa se preparou para uma expansão de até 5% neste ano e os indicadores do primeiro semestre apon­taram retração de 0,5%. “No caso da Penha, prevíamos um crescimento em torno de 5%, justamente por ser ano de Copa e eleições, está­vamos otimistas quanto ao ano de 2014. Infelizmente os números mostram que no acumulado até julho tivemos queda de 0,5%”, lamenta.

Dentro daquele espírito de caminhar com os pés no chão, o setor avalia que nos próximos meses nem mesmo a aproximação do final do ano será suficien­te para que a situação se apresente dentro da nor­malidade. Albano revela que os pedidos atuais refletem uma pisada no freio do setor produtivo.“Historicamente o segundo semestre aponta para crescimento, pois nossos clientes começam a estocar seus produtos de final de ano. Ingressamos no mês de agosto sem nenhuma novi­dade, estamos exatamente no mesmo ritmo dos sete primeiros meses do ano, ou seja, devemos fechar o ano na melhor das hipóteses igual a 2013”, prevê.

Apesar do cenário pes­simista, o representante da Penha avalia que a equipe econômica do governo está se movimentando para a adoção de medidas que revertam o quadro atual e que os meses restantes sejam melhores que 2013. Este compasso de espera, segundo ele, deve persistir enquanto não houver um cenário mais transparen­te. “Temos que aguardar mais um tempo para fazer qualquer analise do futu­ro, devido a falta de um cenário positivo, as pró­prias empresas estão em compasso de espera, os economistas divergem nas opiniões, quanto ao que acontecerá nos próximos meses e no próximo ano”, conclui.

Fonte: Da Redação do PCI

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