Representantes da Direção do Sindicato se reuniram com colegas daFederação na manhã de ontem
A sindicalista Cristina Helena Silva Gomes teve confirmado na data de ontem seu nome encabeçando a chapa que será submetida a referendo por parte dos servidores públicos municipais em eleição agendada para os dias 26 e 27 de março. A atual diretoria recebeu a visita do atual presidente do Sindicato dos Servidores Municipais da cidade de Suzano, na grande São Paulo, Claudio Aparecido dos Santos, que vem a ser também integrante da direção da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais do Estado de São Paulo.
Ele contou que a visita dele e de outros dois colegas se deveu em função de analisar todos os procedimentos adotados para o registro de chapas e posterior eleição. “É um acompanhamento necessário para verificar se todos os trâmites legais foram e estão sendo obedecidos”, esclareceu. Segundo afirmou, o prazo para registro de chapas terminou na quarta-feira, 25.
Cristina completará ao final do próximo mandato 26 anos a frente da presidência. Ela admitiu que era sua intenção passar o bastão para outro dirigente, mas que se sentiu pressionada a continuar por causa dos sérios atritos que o sindicato vem tendo com a atual administração, que foi pivô por exemplo, de um inédito movimento grevista no ano passado. Além disso ela afirmou que considera importante estar a frente das negociações deste ano (veja matéria nesta página).
Segundo ela, um dos motivos que teria feito com que pensasse em deixar a presidência do sindicato que ajudou a fundar em 1994 é o fato de ter sido conduzida para funções importantes dentro do universo sindical, como por exemplo Coordenadora Nacional do Setor Público da Força Sindical, vice-presidente da Federação dos Servidores Públicos Municipais do Estado de São Paulo e membro da Confederação dos Servidores Públicos Municipais na qualidade de coordenadora de capacitação.
Cristina Helena Silva Gomes avaliou que o anúncio feito pelo prefeito José Natalino Paganini (PSDB), que enviou projeto de lei à Câmara determinando que o reajuste deste ano dos servidores tenha como base a correção da inflação pelo índice IPCA no período de maio de 2014 a abril de 2015 foi uma ótima notícia. Segundo seu entendimento Paganini está cumprindo a lei, numa referência a uma exigência legal já existente que preconiza a correção integral da inflação. “O problema é que a atual especifica nenhum índice e quando chega a época de negociação, esta questão se torna uma novela que acaba travando toda a pauta”, observou. “Não vejo isso como algo que venha a valorizar o funcionalismo, é obrigação dele”, cutucou.
Segundo ela, após o desfecho do movimento grevista do ano passado, a atual administração se comprometeu em convenção coletiva no Ministério de Trabalho a dar andamento em questões importantes como o plano de carreira e não cumpriu. “Temos várias pendências esperando ainda um posicionamento oficial da Prefeitura que até agora não ocorreu apesar do compromisso assumido”, acusou.
Segundo o prefeito Paganini esta fórmula de reajuste é uma maneira de assegurar a recomposição em um momento em que a economia nacional vem sofrendo fortes ajustes. Conforme seu entendimento, por conta disso, inúmeros municípios já informam que concederão reajustes aos seus servidores públicos abaixo da inflação ou nem mesmo farão a recomposição neste ano.
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