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Itapira, 19 de Abril de 2024
Notícia
30/03/2015 | Usina VO já se movimenta e programa safra para o início do mês de maio

Flagrante do início da safra do ano passado que começou no último dia de março

 

De forma discreta, a direção do Grupo Virgolino de Oliveira vem conseguindo atrair de volta parcela dos trabalhadores que durante mais de 90 dias estiveram de greve por causa da falta de pagamento de salários e encargos trabalhistas a partir de novembro do ano passado, e desta forma assegurar o início da safra deste ano. O início da operação está programado para começar oficialmente dia 01 de maio, mais de 30 dias depois do início da safra do ano passado que começou no dia 31 de março, com a tradicional missa de ação de graças.

 
A movimentação apanhou de surpresa trabalhadores e sindicalistas. Pelo menos um dos sindicatos envolvidos nas negociações, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação se posicionou de forma crítica pela forma com que a empresa, segundo sua direção, passou por cima de acertos que deveriam ser feitos com a intermediação do sindicato (veja box nesta página).
 
João Batista de Araújo Junior, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, participou de um encontro com representantes da empresa na terça-feira e tomou ciência das condições propostas para pagamento dos salários do mês de março e com o compromisso de ir acertando pendências atrasadas na medida em que a safra evoluir. “Criou-se uma situação confusa, onde muita gente já se desligou. Mas a gente tem que torcer para que tudo dê certo”, opinou.
 
Jessi Alves de Oliveira, presidente do Sindicato dos Condutores de Mogi Guaçu, disse que esteve reunido pelos mesmos motivos no dia anterior e endossou as negociações. “Foi uma conversa amistosa onde nos foram colocadas as condições para recuperação da empresa. Vamos aguardar os acontecimentos.
 
O Grupo VO foi bem sucedido na venda de pelo menos um de seus imóveis mais valorizados na região, obtendo recursos necessários para voltar a operar. O passo inicial será um criterioso trabalho de manutenção nos equipamentos e também nos canaviais, para que tudo esteja pronto para que as moendas estejam funcionando no dia 01 de maio.

 
Negociação em separado coloca Sindicato da Alimentação em pé de guerra 

A direção do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Itapira está denunciando a empresa Virgolino de Oliveira S/A Açúcar e Álcool por prática antissindical e abuso do poder econômico. Segundo ainda explicou José Emílio Contessotto, presidente do sindicato, este procedimento dar-se-á em âmbito do Ministério Público do Trabalho. Contessotto acusa a direção do Grupo VO de se aproveitar da fragilidade econômica dos trabalhadores – que estão sem receber salários desde novembro do ano passado –, convocando-os para retornar ao trabalho, prometendo, conforme declarou, efetuar o pagamento de 50% do salário do mês de março de 2015 nesta quinta-feira, 26. “Diante das dificuldades financeiras por que estão passando, quase todos os trabalhadores atenderam à convocação da Usina e retornaram ao trabalho na segunda-feira, 23, pondo fim à greve que havia se iniciado em 18 de dezembro de 2014”, posicionou-se.
 
Contessotto garante ainda que a empresa não realizou nenhuma negociação com o Sin-dicato para convocar os trabalhadores e decidir sobre os rumos da greve, o que caracte-rizaria , segundo ele, uma prática antissindical. “Além disso, a empresa não apresentou qualquer proposta para quitação dos cinco meses de salários atrasados”, reforçou.
 
Demonstrando estar muito contrariado com o posicionamento da empresa, ele afirmou que “É lamentável que em pleno século XXI o Grupo Virgolino de Oliveira aja como se estivesse no século XIX, tratando os trabalhadores e o Sindicato sem o menor respeito e consideração. Repudiamos ainda o fato de a empresa se aproveitar da situação em que muitos trabalhadores estão com suas contas atrasadas e dependendo de parentes e amigos para não passar fome para forçar o fim de uma greve legítima”, protestou Contessoto. Ele lembrou que durante todo o tempo em que a categoria permaneceu em greve ( 95 dias no total) o Sindicato não poupou esforços para tentar achar uma saída que impedisse prejuízos aos trabalhadores.
Fonte: Da Redação do PCI

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