Um dia Lameque disse às esposas dele: -“Ada e Zilá, escutem: Matei um homem porque me machucou, e um rapaz só porque me pisou”. Gn 4.23
A violência urbana não é nenhuma novidade, desde o início da história da humanidade que atrocidades são cometidas, por qualquer motivo.
O que nos choca nos fatos ocorridos no mês de março é sabermos que as pessoas a quem pagamos para nos proteger, são as que nos aviltam. Sim, porque todo servidor público, como é o caso da Polícia Militar, são pagos com nossos impostos. Este fato só vem confirmar o que nós já desconfiávamos há muito tempo: “Não sabemos se é pior estar nas mãos dos bandidos ou da polícia”. Fui criado no Estado do Rio, tenho o trauma de infância e juventude do período da Ditadura, quando a polícia era sinônimo de terror e me parece que não mudou.
Os cientistas, sociólogos e psicanalistas tentam descobrir os motivos da violência, mas não sabem ao certo suas causas. O que se sabe é que a mistura álcool, drogas e ociosidade lideram nas pesquisas da mudança do comportamento que levam ao crime. “Mas não existe o efeito puro da droga, mas um contexto no qual seu uso é inserido” Dartiu X. Siqueira (psiquiatra). A soma dos seguintes fatos aumentam a violência: folga, alegria, lazer misturada com ociosidade e bebidas + violência na Televisão + drogas + armamento indiscriminado + falta de polícia. Uma pesquisa da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, mostra que a média de policiais por habitantes no Estado de São Paulo não está tão abaixo do índice da ONU, é até superior ao Reino Unido (ONU 1/250 - SP 1/320 - Super Interesanrte - 11/96, pg 44). Então de fato, o que está ocorrendo? Por que sempre temos a impressão de estarmos desprotegidos? Os últimos fatos provam: a violência vem também da polícia.
Não aceito as respostas, nem a indignação dos comandantes, dos políticos, governadores e presidente que legislam em causa própria e com uma simples assinatura se beneficiam
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