“Mas Deus nos mostrou o quanto nos ama: quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós”. Rm 5.8 (BLH)
Em 1990, trabalhava com o grupo jovem da Igreja Presbiteriana Independente de Campinas e entre eles havia uma jovem com sérios problemas de baixa-alta-estima (Pseudônimo Carla). Já havia algumas semanas que Carla não aparecia na igreja.
Um determinado sábado, fomos todos à casa de uma outra jovem, por ser seu aniversário. A alegria foi grande, pois quando lá chegamos, encontramos Carla. Infelizmente, alguém fez um comentário de mau gosto: - “Aí hein, Carla, só aparece quando tem bolo!”
Depois deste episódio, Carla desapareceu novamente. Foi quando fomos visitá-la que nos contou muitos dos seus problemas e o motivo de estar afastada da igreja. Seus pais são espíritas, um de seus irmãos é alcoólatra e muitas vezes, possuído por demônios. E se isso não bastasse, ela não suporta aquela determinada jovem que lhe fez tamanha acusação. Contou-me que ela e um vizinho, amigo e irmão em Cristo, oravam constantemente por sua família, e que no último fim de semana, acontecera algo maravilhoso. Enquanto estavam orando na sala, seu irmão chegou possuído por demônios e começou a quebrar as coisas. Foi então que ela teve a maior experiência de sua vida: Ela e o amigo começaram a falar em línguas. Ela não soube me responder direito o que havia acontecido ao irmão. Pelo que entendi, alguns vizinhos levaram-no para o quarto, onde ficou até dormir.
Perguntei-lhe se ela entendia a Oração do “Pai Nosso”, principalmente com respeito ao perdão. Ao que ela disse: “- Sim!”. Então lhe perguntei o que seria mais importante para sua vida espiritual, perdoar ou falar em línguas. Ela não respondeu. Eu lhe propus que fossemos até a casa da irmã, a quem ela pediria perdão por guardar mágoa e rancor, e ela me respondeu: -“Eu? Nunca! Ela é que tem que me pedir perdão!”
Li com ela o texto de Mt 5.38-48 e lhe disse que nós é que temos que perdoar. A atitude de ir e pedir perdão seria um sinal de que ela havia perdoado e que seus pecados estavam sendo perdoados. Se não tivermos disposição para perdoar, mesmo que a outra pessoa não nos peça perdão, nossos pecados não serão perdoados (“Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”. Mt 6:12).
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