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Itapira, 24 de Abril de 2024
Artigo
05/03/2014 | Humberto Butti: Carnaval dos bons tempos de Clube XV, Centrão, Operária e Tênis Clube

 Quando tudo era como deveria ser, ou seja, quando tudo girava em torno da praça principal da cidade, o Carnaval era uma das festas mais espe­radas do ano. Quem residia em outras cidades vinha para passar os quatro dias de folia ao lado de familiares e amigos e a cidade ficava repleta e movimentada.

Naquela época, não tão distante assim, Clube XV de Novembro, Centro Comércio e Indústria e Sociedade Operária eram as opções para quem gostava do carnaval de salão. Os clubes ficaram lotados, principalmente nas noites de domingo e terça-feira.

Os blocos carnavalescos eram as grandes atrações. As orquestras davam o tom com marchinhas, frevos e sambas e a festa só terminava quando o sol já dava as caras na Quarta­-feira de Cinzas.

As matinês também eram muito concorridas e lotavam os salões. Tanto nos bailes noturnos como nas matinês havia premiação para as fan­tasias, blocos e foliões mais animados.

O Carnaval de Itapira foi assim um dia. Na minha infân­cia, adolescência, juventude e até mesmo em boa parte da minha fase de adulto, era assim que funcionava.

Naquela época o Clube XV abria sua programação com o Baile do Branco, sempre na sexta-feira. O Centrão, algum tempo depois, passou a realizar o seu Baile do Havaí.

Mas era nas quatro noites de folia que os dois clubes ficavam abarrotados de gen­te. As orquestras davam um verdadeiro show e no final do baile da terça-feira, já com o dia clareando para anunciar a Quarta-feira de Cinzas, as duas orquestras se encontravam no meio da praça para dar continuidade ao Carnaval por mais alguns instantes.

No início dos anos 80, o Tênis Clube abriu suas portas para os bailes carnavalescos e também fez sucesso por pelo menos uma década, até que o Clube de Campo Santa Fé inaugurasse sua sede social e passasse a realizar os bailes de Carnaval.

Tudo isso já não existe mais. O tempo passou, os bailes carnavalescos agonizaram e morreram para sempre nesses locais.

Hoje, a realidade é bem outra. A praça central da cidade já não é ponto de referência para mais nada. De todos os bares, restaurantes, cinemas e clubes que existiam ao redor da praça, nada restou, nem mesmo a fonte luminosa com suas águas coloridas pelas luzes, dançando ao som da valsa. Apenas a estátua do Virgolino, em meio a penumbra desértica do restante da praça, resiste.

Restaram apenas as lem­branças de quem viveu essa época dourada do Carnaval. As recordações dos blocos, das orquestras, dos bares lo­tados e dos quatro dias de verdadeira folia.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Humberto Butti

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