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Itapira, 19 de Abril de 2024
Artigo
29/03/2013 | José Carlos Barbieni: E nós, temos culpa?

 Olá a todos, que tal um texto de auto-análise?

No texto anterior deu pra notar que precisamos cobrar mais do estado, para que ele nos dê mais respeito e consideração, mas e nós afinal, porque não cobramos? Temos moral para tanto? O que acontece como o Brasileiro que se acomoda e se satisfaz com seu 1.0 na garagem, ao preço de um carro muito melhor lá fora, que não se preocupa em refinar as informações, só se importando com seu time e futilidades?
O brasileiro tem por hábito reclamar muito e agir pouco, é texto na internet, comentários aqui e ali, mas quando de trata de mobilização, a participação fica muito aquém do esperado, basta ver quantas pessoas eram contra o aumento para os vereadores em 2012, e mais recentemente quanto ao aumento para os secretários em 2013, não seria de esperar muito mais gente protestando?
Por que isso acontece? A resposta a tanta passividade pode estar em um estudo de Fábio Iglesias, doutor em Psicologia e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB). Segundo ele, o brasileiro é protagonista do fenômeno “ignorância pluralística”, termo cunhado pela primeira vez em 1924 pelo americano Floyd Alport, pioneiro da psicologia social moderna.
Nessa visão, o Brasileiro tem cultura coletivista, e age de acordo com pensamento da maioria e não pelo o que ele ache certo, ou seja, se não ver alguém fazendo algo, ele também não fará, e sendo assim vivemos carentes de líderes e participantes de movimentos de protesto, já que fica um esperando o outro tomar a iniciativa.
Um exemplo simples, numa briga de rua, ou na porta de uma escola, você tomaria a iniciativa de separar? É claro que nesse caso sua segurança deve ser posta em primeiro lugar ou pode se tornar vítima, mas via de regra, é bem provável que somente após alguém tomar a iniciativa é que outros viessem a interferir também, e se ninguém fizer nada, todos vão ficar assistindo e sabe-se lá como terminará.
Uma das desculpas por não protestar, e o velho jargão: “Não vai dar em nada!”, o que não deixa de ser verdade, uma vez que as coisas só mudam quando há interesse em mudar por parte das lideranças políticas, econômicas e principalmente da mídia.
Mas não podemos nos esquecer também de nossas próprias culpas que acabam por influenciar as nossas atitudes, como por exemplo, a pesquisa recente que demonstra certa concordância do Brasileiro com atos de corrupção e o comportamento do tipo levar vantagem passando pelo acostamento, desrespeitar vagas de idosos, tentar um “jeitinho” para conseguir um favor e por ai afora.
Frases como “Cada povo tem o governo que merece” e o inconsciente que sempre nos pergunta como cobrar de políticos um comportamento que a bem da verdade nós não nos preocupamos em seguir, levam aos baixos níveis de participação popular para protestarmos contra o que julgamos errado.
Pense bem... Você é o último da fila num caixa de banco, e aparece alguém que é amigo de quem está lá na frente e vai logo direto a essa pessoa pedir que desconte um cheque, furando a fila descaradamente e ninguém fala nada, por mais que TODOS desaprovem, e se alguém reclamar, o que poderia acontecer?
O fato é que enquanto ninguém tomar iniciativa, nada vai mudar... Nunca!
Este texto foi inspirado num artigo publicado no site “Acidez mental.com.br”
 
A todos, muita paz, saúde e Prosperidade!
José Carlos Barbieni – Serralheiro- Técnico em informática e Cursando
Técnico em administração  na Etec “João Maria Stevanatto”- Itapira-SP
Fonte: José Carlos Barbieni

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