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Itapira, 29 de Mar�o de 2024
Artigo
03/06/2012 | Luiz Santos: 138 anos – A nossa missão com as gerações futuras

 “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam.” (Sl 127.1).

Na pastoral passada vimos como devemos comemorar os 138 anos de organização de nossa querida Igreja. Hoje vamos ver como a Bíblia entende a vida de uma Igreja que caminha dentro dos propósitos de Deus.

Gostaria de traçar aqui um paralelo entre a Missão da Igreja e a agenda Ecológica muito em pauta nas mais variadas instâncias da sociedade. A preocupação com o meio ambiente é, antes de mais nada, uma preocupação mais com o futuro do que com o presente. O que deixaremos para a geração seguinte está intimamente ligado com as nossas atitudes no presente.

A pauta ecológica não fala só de preservação, mas trata também de uma relação mais racional, afetiva e sóbria com a natureza, dá-se a isso o nome de desenvolvimento sustentável. Não podemos fazer a manutenção de uma mentalidade extrativista inconsequente e sem responsabilidade com o amanhã. Não podemos simplesmente usufruir do planeta e de seus recursos a exaustão, unicamente fiados em nossos desejos e necessidades. Há uma espécie de hipoteca ecológica, somos devedores para com as gerações futuras sobre os recursos que lançamos mão agora.

A Igreja também deve tomar consciência de que sua missão tem a ver com a geração futura, com aqueles que vão nascer ainda e hão de crer: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra.” (Jo 17. 20), e ainda “Vós sois filhos dos profetas e da aliança que Deus estabeleceu com vossos pais, dizendo a Abraão: na tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra.” (At 3. 25) e mais uma vez: “Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar.” (At 2.39).

Temos o dever de ganhar a nossa geração para o Evangelho, homens e mulheres do nosso tempo, aqueles que estão de ombros conosco no caminhar desta história, mas cujo destino último será trágico se não estiverem em Cristo.

Por isso mesmo não podemos cultivar um estilo de vida cristã nos moldes do extrativismo, ou seja, buscando apenas o nosso bem-estar espiritual, como vorazes consumidores de religião, confortavelmente assentados e “protegidos” do mundo no escondimento dos muros da igreja, sem deixar-se incomodar com a triste sorte dos não alcançados. Precisamos vencer esta barreira do comodismo aburguesado que faz do culto e da Igreja um fim em si mesmos, alienando-nos da vida genuína do Evangelho.

Enquanto estamos envolvidos em ganhar a nossa geração para Cristo, pavimentamos a via para que a geração que está por vir receba de nossas mãos não só a bendita herança dos santos, a sã doutrina, uma estrutura eclesiástica, mas acima de qualquer coisa o Evangelho vivo, encarnado, inserido, transformador e poderoso.

Que a geração da Maria Eduarda, da Luiza, do Davi Mengali, do Daniel e do Davi, da Lara, do João Pedro, do Ian, da Talita Raíssa e etc. e aqueles sonhados e que hão de vir por Vanessa e Aritan, Hélber e Carol e outros tantos que de Itapira e Região serão ordenados a esta vida, encontrem uma comunidade profética, discípula e discipuladora, missionária, amorosa, espiritual e testemunha das maravilhas de Deus.

Um dia também nós recebemos a herança que hoje administramos e temos uma dívida de gratidão por aqueles que nos precederam na fé e alguns já na glória. Somos agora, do alto de nossos 138 anos, comissionados para ganhar nossos contemporâneos e gravemente responsáveis por entregar à geração futura uma Igreja com altíssimos rendimentos espirituais que o grande Rei nos confiou até a sua volta.

Celebrar bem os nossos 138 anos é assumir com alegria, senso de urgência, paixão pelos pecadores e compromisso real a nossa missão como testemunhas do Evangelho e sem detença, fazer-nos presentes no mundo “notificando aos homens que todos, em toda a parte, se arrependam, porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça...” (At 17. 30,31). Celebrar na IPCI é IR e Anunciar!

Reverendo Luiz Fernando

Pastor Mestre da Igreja Presbiteriana Central de Itapira

Fonte: Luiz Santos

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